Depois de ‘prender’ astronautas no espaço, Starliner pode voar novamente

A NASA e a Boeing querem testar os propulsores da Starliner nos próximos meses, além de uma nova vedação do sistema de hélio
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 31/03/2025 10h03, atualizada em 01/04/2025 20h49
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Você deve se lembrar dos astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que ficaram mais de nove meses “presos” no espaço. A dupla foi levada até a Estação Espacial Internacional (ISS) pela Starliner, mas a cápsula da Boeing acabou apresentando algumas falhas durante a missão.

Por conta disso, a agência espacial norte-americana e a gigante aeroespacial estão trabalhando para “resolver as anomalias”. Este é considerado o primeiro passo antes de um novo voo tripulado envolvendo o equipamento.

Reparos já estão em andamento

A NASA e a Boeing informaram que estão analisando os dados da missão desde o retorno da Starliner à Terra. O objetivo é descobrir o que causou as cinco falhas de propulsores durante o voo da cápsula para a ISS no ano passado, bem como vazamentos de hélio, usado para pressurizar os propulsores.

Cápsula Starliner faz parte de projeto espacial da Boeing (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

A ideia é testar o “disparo dos principais propulsores Starliner” nos próximos meses, além de testar uma nova vedação do sistema de hélio.

A expectativa é que tudo isso esteja pronto ainda neste ano, com um novo teste sendo realizado no fim de 2025 ou início de 2026.

Em comunicado, Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA, afirmou que “assim que passarmos por essas campanhas de teste planejadas, teremos uma ideia melhor de quando poderemos voar no próximo voo da Boeing”.

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Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams ficaram “presos” no espaço por mais de nove meses após falha na Starliner (Imagem: NASA)

Falha na Starliner deixou astronautas “presos” no espaço

  • Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams estavam a bordo da Starliner para uma viagem até a Estação Espacial Internacional (ISS);
  • A missão CFT seria o último voo de qualificação da espaçonave antes de entrar em rotação operacional como um transporte de tripulação para a ISS;
  • No entanto, problemas no propulsor levaram a um atraso de três meses no retorno da cápsula para a Terra, o que acabou acontecendo sem os astronautas a bordo;
  • Com isso, em vez de dez dias, a dupla passou mais de nove meses no espaço, retornado à Terra apenas nesta semana.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.