Este marcapasso é menor do que um grão de arroz e pode ser injetado por seringa

O dispositivo tem apenas um milímetro de espessura e 3,5 milímetros de comprimento, podendo ser conectado sem a necessidade de fios
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 05/04/2025 04h15
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Imagem: John A. Rogers/Northwestern University
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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as doenças cardíacas são a principal causa de mortalidade no mundo. Neste cenário, milhões de pessoas em todo o mundo precisam utilizar marcapassos.

Os dispositivos enviam impulsos elétricos ao coração para que o órgão bata normalmente. No entanto, exigem cirurgias para implantação, o que pode oferecer riscos.

Por conta disso, cientistas acabaram de desenvolver um novo equipamento menor do que um grão de arroz.

Não há necessidade de cirurgia para implantação

  • Chamado de menor marcapasso do mundo, ele foi testado em animais, assim como em tecidos cardíacos humanos.
  • A ideia é que o equipamento seja experimentado em pessoas daqui dois ou três anos, mas os resultados provisórios já são considerados positivos.
  • O pequeno tamanho do dispositivo permite que ele seja injetado no corpo a partir de uma seringa, tornando a implantação menos invasiva.
  • Ele ainda é controlado pela luz e pode se dissolver no corpo, descartando também a necessidade de cirurgia para remoção.
  • A nova tecnologia foi apresentada em um estudo publicado na revista Nature.
Dispositivo é esperança para quem sofre com doenças cardíacas (Imagem: Shutterstock/Lightspring)

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Como funciona o marcapasso

Os pesquisadores explicam que o marcapasso tem apenas um milímetro de espessura e 3,5 milímetros de comprimento. Ele pode ser conectado sem a necessidade de fios, a partir de um adesivo colocado no peito do paciente.

Quando detecta batimentos cardíacos irregulares, o dispositivo emite automaticamente luz infravermelha, que sinaliza para o aparelho qual é o ritmo que deve marcar. Todo este sistema é alimentado por uma “célula galvânica”, que usa os fluidos corporais para transformar a energia química em impulsos elétricos que estimulam o coração.

Menor marcapasso do mundo foi desenvolvido (Imagem: John A. Rogers/Northwestern University)

O aparelho pode ajudar bebês que nascem com más-formações cardíacas congênitas e que precisam de um marcapasso temporário durante a semana posterior à cirurgia. Além disso, pode ajudar a restabelecer um ritmo cardíaco normal em adultos recém-operados do coração.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.