Siga o Olhar Digital no Google Discover
A Funai divulgou imagens inéditas de povos isolados na Terra Indígena (TI) Massaco, em Rondônia, e na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, em Mato Grosso. As gravações revelam informações até então desconhecidas sobre os hábitos de vida de ambas as populações.
Ofertas
Por: R$ 50,10
Por: R$ 67,95
Por: R$ 10,90
Por: R$ 2.069,90
Por: R$ 56,60
Por: R$ 75,85
Por: R$ 334,32
Por: R$ 15.522,79
Por: R$ 49,90
Por: R$ 140,00
Por: R$ 178,49
Por: R$ 198,99
Por: R$ 3.999,00
Por: R$ 160,65
Por: R$ 187,00
Por: R$ 209,90
Por: R$ 166,19
Por: R$ 330,00
Em fevereiro, uma câmera instalada em uma trilha durante uma expedição em Massaco capturou a atividade de um grupo de nove indígenas, todos do sexo masculino, com idades estimadas entre 20 e 40 anos.
Eles retiraram facões e machados deixados por uma equipe da Funai em janeiro de 2021. Segundo a fundação, apesar de a câmera estar visível, nenhum dos indígenas se aproximou do aparelho — nem por curiosidade. No entanto, o grupo deixou diversas armadilhas pontiagudas conhecidas como estrepes.

“Nota-se que foi uma aproximação planejada e organizada, com um grupo de pessoas, somente homens, a maioria jovens, preparados com inúmeros estrepes confeccionados que foram colocados nos locais de presença do não indígena e na própria trilha por onde chegaram e retornaram, caso alguém os seguisse”, disse o sertanista da Funai Altair Algayer, que liderou a expedição.
Segundo ele, as imagens mostram como aquele povo indígena prioriza seus movimentos de acordo com os ciclos climáticos da região, a prática de nomadismo, a aptidão pela caça e coleta, além de hábitos alimentares e estilo arquitetônico das suas habitações.
A Terra Indígena Massaco compreende uma área de 421.895 hectares, localizada nos municípios de Alta Floresta D’Oeste e São Francisco do Guaporé. A etnia ainda é desconhecida e a maioria vive na Reserva Biológica do Guaporé.
Leia Mais:
- Inteligência abundante: programa quer trazer cultura indígena para IAs
- Indígenas na Amazônia investem em energia solar e internet Starlink
- IA pode ‘salvar’ as línguas indígenas; entenda
Expedição pelo Rio Pardo
Em julho do ano passado, a Funai também organizou uma expedição pela Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo localizada no município de Colniza, no estado do Mato Grosso, em uma área de 411.844 hectares. O processo de demarcação está pendente na Justiça.

Foram encontrados sinais claros de presença indígena, como pegadas, vestígios de coleta de mel e utensílios. Os agentes também constataram que o grupo indígena segue em boas condições, incluindo novos núcleos familiares e crescimento demográfico.
A equipe identificou pegadas no igarapé, incluindo de crianças (possivelmente a de um bebê observada em outra expedição de 2022). Também encontraram uma cumbuca produzida a partir da folha da paxiúba, abandonada às margens do igarapé.
Os indígenas vivem em uma área de muita pressão grileira e madeireira, segundo a Funai, o que indica que já tiveram contato com ferramentas como machados e facões. Muitos deles podem buscar utensílios nas fazendas do entorno, os colocando em risco.
“Sendo assim, colocamos essas ferramentas, de anos em anos, no interior da floresta, a fim de evitar que eles as procurem nas fazendas. Ou seja, é uma atitude preventiva, justamente para evitar um contato indesejado”, afirma o coordenador da FPE Madeirinha-Juruena, Jair Candor.