A Microsoft demitiu duas funcionárias que interromperam a comemoração do 50º aniversário da empresa para protestar contra o fornecimento de tecnologia de inteligência artificial ao exército israelense. As informações são da Associated Press.
O protesto aconteceu durante um evento de lançamento de novos produtos e ambições de IA da empresa, quando a engenheira de software Ibtihal Aboussad subiu ao palco e acusou a Microsoft de contribuir para um “genocídio” em Gaza ao vender armas de IA para o governo israelense.
A manifestação interrompeu a palestra do executivo Mustafa Suleyman, CEO da divisão de IA da empresa, que tentou apaziguar a situação antes de Aboussad ser escoltada para fora do evento.
Uma segunda funcionária, Vaniya Agrawal, também participou do protesto mais tarde.
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Microsoft reprovou postura agressiva de funcionária
- Aboussad, que trabalha na sede canadense da Microsoft, foi chamada por recursos humanos na segunda-feira e informada sobre sua demissão imediata, enquanto Agrawal, que já havia solicitado sua saída, teve sua renúncia antecipada.
- A Microsoft alegou que Aboussad agiu de forma agressiva e perturbadora, acusando-a de interromper o evento de maneira inapropriada.
- A empresa afirmou que a funcionária deveria ter levantado suas preocupações de forma mais discreta.
Este incidente não foi o primeiro protesto de funcionários contra o envolvimento da Microsoft com Israel, pois, em fevereiro, outros trabalhadores também haviam protestado contra contratos com o governo israelense.
A Microsoft reforçou que oferece formas de os funcionários expressarem suas opiniões, mas que os protestos não devem causar interrupção nos negócios.
Após o protesto, Aboussad e Agrawal perderam imediatamente o acesso a suas contas de trabalho, e a Microsoft não revelou se outras medidas seriam tomadas.
