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A incorporação de veículos blindados pela Polícia Federal (PF) marca um passo na modernização de suas capacidades operacionais, especialmente diante de cenários de segurança cada vez mais complexos.
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No centro dessa atualização está o Streit Group Scorpion MRAP, um veículo projetado especificamente para resistir a emboscadas e artefatos explosivos, que começou a integrar a frota da PF em 2022.
A chegada do Scorpion
A chegada de oito viaturas sinaliza um reforço estratégico para missões de alto risco. A decisão da PF de adquirir veículos com capacidade MRAP (Mine-Resistant Ambush Protected), ou seja, resistente a minas terrestres e ataques com artefatos explosivos, reflete uma adaptação às realidades enfrentadas pelas forças de segurança no Brasil.
O fornecedor escolhido foi o Streit Group, uma empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos e reconhecida como um dos principais fabricantes globais de veículos blindados.

Por dentro do blindado da PF
- O design do Scorpion MRAP foca em maximizar a sobrevivência da tripulação em ambientes de combate. O casco, em forma de V, é construído em aço compósito (um aço composto por duas ou mais folhas de ligas diferentes, coladas entre si).
- Essa geometria desvia a energia de explosões ocorridas sob o veículo para longe do compartimento da tripulação, reduzindo o risco de ferimentos ou fatalidades.
- Em termos de proteção balística e contra explosões, o Scorpion da PF é certificado no nível STANAG 4569 Nível 2.
- A resistência a explosões é um dos seus pontos fortes: o casco é projetado para suportar detonações equivalentes a 10kg de TNT.
- Embora não detalhado para a versão da PF, veículos dessa classe geralmente também oferecem proteção contra granadas de mão.
- Para mover suas quase 9 toneladas, o Scorpion MRAP conta com um motor de 6.7L de 6 cilindros, turbo diesel, que desenvolve 300 cavalos de potência.
- Este propulsor permite ao veículo atingir uma velocidade máxima em estrada de 110 km/h e oferece uma autonomia considerável de 800 km, essencial para operações prolongadas ou em áreas remotas.
- Suas capacidades fora de estrada também são notáveis, permitindo superar rampas com inclinação de 60%, operar em inclinações laterais de 40% e atravessar cursos d’água com até 1,5 metros de profundidade.

A configuração interna do Scorpion segue um layout padrão para veículos militares: motor na frente, compartimento blindado da tripulação no meio e uma área de carga ou transporte na traseira. A tripulação é composta por dois membros (motorista e comandante) na parte frontal, enquanto o compartimento traseiro pode acomodar até quatro policiais ou soldados.

Um diferencial do modelo usado pela PF é o reforço tecnológico. Quatro das oito unidades recebidas foram equipadas com armas remotamente controladas da empresa espanhola Escribano.
A principal vantagem é permitir que o operador da arma (metralhadora ou lançador de granadas) mire e dispare de dentro do veículo blindado, sem se expor ao fogo inimigo. Isso aumenta drasticamente a segurança e a precisão do tiro, especialmente em movimento.
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Como e onde o Scorpion pode ser usado pela Polícia Federal
O Scorpion MRAP foi projetado para operar onde outros veículos não podem ir com segurança. Seu papel principal na Polícia Federal é atuar em áreas de extremo risco.
Os cenários operacionais são diversos:
- Operações de alto risco: cumprimento de mandados de prisão ou busca e apreensão em áreas conflagradas ou dominadas por facções criminosas fortemente armadas.
- Gerenciamento de crises: resposta a incidentes críticos de segurança pública, como ataques coordenados, rebeliões ou situações com reféns.
- Apoio tático: estabelecimento de perímetros de segurança, postos de observação ou fornecimento de fogo de cobertura em ambientes hostis, especialmente pelas unidades equipadas com RWS.
- Transporte seguro: inserção e extração de equipes táticas em locais sob fogo inimigo.
- Operações em áreas remotas: atuação em regiões de fronteira ou zonas rurais onde o terreno é desafiador e o risco de emboscadas é elevado.