Startup quer usar lasers infravermelhos para gerar energia no espaço

A ideia é usar lasers infravermelhos para transmitir a energia solar espacial a partir de uma constelação de satélites
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 15/04/2025 06h32, atualizada em 17/04/2025 20h11
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A demanda por energia não para de crescer e a chegada de novas tecnologias, caso da inteligência artificial, deve aumentar ainda mais a busca por esse valioso recurso. O problema é que talvez não sejamos capazes de produzir tanto.

Para resolver este problema, uma startup está criando um novo sistema de transmissão de energia solar espacial de satélites para receptores na Terra.

Em outras palavras, a energia necessária viria do espaço, mais precisamente do Sol.

Uso de lasers infravermelhos

A Aetherflux já levantou mais de US$ 50 milhões (mais de R$ 290 milhões) para desenvolver o projeto, que visa garantir energia em lugares remotos do nosso planeta. Um teste derradeiro da nova tecnologia deve acontecer ainda neste ano (ou, no máximo, em 2026).

Representação artística do novo sistema de geração de energia (Imagem: reprodução/Aetherflux)

A empresa disse que já gerenciou com sucesso a transmissão energética em um ambiente de laboratório. No teste real, ela quer transmitir a energia não por meio de micro-ondas, mas sim usando lasers infravermelhos, permitindo maior potência.

Para isso, a startup está formando uma constelação de pequenos satélites na órbita terrestre baixa. Além disso, serão construídas estações na Terra com cerca de 5 a 10 metros de diâmetro. Elas poderão ser desmontadas e instaladas em outros locais, facilitando a distribuição de energia em diversas partes do planeta.

Leia mais

Exército dos Estados Unidos irá testar nova tecnologia

  • A Aetherflux afirma que quer aproveitar a energia do Sol e transmiti-la para ilhas remotas ou áreas atingidas por desastres naturais, por exemplo.
  • A tecnologia também será utilizada pelo exército dos Estados Unidos.
  • As forças armadas do país firmaram um contrato com a startup para a utilização do novo sistema.
  • Apesar desta parceria acelerar o desenvolvimento deste mecanismo, isso pode significar que ele não vai ficar 100% disponível para os civis.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.