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Uma adolescente de 15 anos morreu após sofrer uma descarga elétrica ao retirar o celular do carregador logo após o banho, em Riacho de Santo Antônio (PB). Simone de Cássia Galdino ainda estava molhada, o que aumentou o risco do choque, como mostra uma matéria do UOL.
A água do dia a dia, com sais e impurezas, é condutora de eletricidade. Quando alguém molhado entra em contato com uma instalação elétrica defeituosa, o risco de choque é muito maior.
Segundo Edson Martinho, da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), o risco é ainda maior em casas sem o IDR (Interruptor Diferencial Residual) — dispositivo obrigatório desde 1997 que desliga o circuito em situações de perigo.
“Tirar equipamentos da tomada nem é o problema, mas tem de tomar cuidado com a instalação elétrica, porque, às vezes, acaba tendo um toque acidental. Há sim riscos, ainda mais quando o pessoal puxa os equipamentos pelo cabo e aos poucos vai rompendo. O risco existe inclusive sem estar molhado, mas molhado você potencializa a condição” – disse Martinho ao UOL.
Ele pode atenuar o choque em ambiente seco, mas não é solução segura, especialmente se estiver molhado.
Em 2024, houve 7 acidentes com choques causados por carregadores de celular, com 4 mortes. Em 2023, foram 23 casos e 15 mortes. Já em 2025, apenas em janeiro três acidentes foram registrados — nenhum deles com óbito, até o caso de Simone.
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Choques acima de 50 volts (em área seca) ou 25 volts (em área molhada) podem ser fatais. Portanto, contato com 110V ou 220V, especialmente molhado e descalço, representa sério risco de morte.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de maio de 2025 09:37