Zuckerberg teria feito oferta bilionária para encerrar investigação contra Meta

A Comissão Federal de Comércio dos EUA alega que a Meta comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência
Alessandro Di Lorenzo16/04/2025 10h40, atualizada em 17/04/2025 20h17
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Começou nesta semana um julgamento que pode obrigar o CEO da MetaMark Zuckerberg, a vender o Instagram e o WhatsApp. A Comissão Federal de Comércio dos EUA alega que a empresa, que já era dona do Facebook, comprou as plataformas em 2012 e em 2014 para eliminar a concorrência.

Zuckerberg chegou a prestar depoimento nesta segunda-feira e negou as acusações. Mas para tentar evitar que o caso chegasse ao tribunal, o empresário teria feito uma proposta milionária, que foi negada pelas autoridades dos EUA.

Empresário conta com apoio de Donald Trump no caso

De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, Mark Zuckerberg ligou para o chefe da Comissão Federal de Comércio dos EUA no final de março e apresentou uma oferta de US$ 450 milhões para resolver o caso antitruste. O valor foi muito menor do que os US$ 30 bilhões exigidos e a proposta foi negada.

Mark Zuckerberg falando
Propostas de Zuckerberg foram recusadas (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Na ligação, o empresário demonstrou estar confiante de que teria o apoio do presidente dos EUA no caso. O dono da Meta tem se aproximado cada vez mais de Donald Trump, que, em março deste ano, chegou a demitir dois comissários do órgão responsável pelas investigações.

Com a primeira recusa, e à medida que o julgamento se aproximava, a Meta aumentou sua oferta para cerca de US$ 1 bilhão. Além disso, Zuckerberg liderou um lobby para evitar o julgamento, mas nada foi suficiente e ele precisou se sentar no banco dos réus nesta semana.

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Redes sociais da Meta
Meta teria comprado o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

“É melhor comprar do que competir”, disse Zuckerberg

  • A Comissão foi a responsável por analisar e aprovar as aquisições das redes sociais na época, mas agora se comprometeu a examinar se os processos seguiram as regras.
  • As próprias palavras usadas por Zuckerberg em alguns e-mails sobre as negociações podem ser usadas como provas contra a Meta.
  • Ele teria dito que “é melhor comprar do que competir”.
  • A empresa, por outro lado, argumenta que essa fala não é relevante em um caso antitruste.
  • A big tech ainda defende que os usuários do Instagram tiveram uma experiência melhor desde que a plataforma foi adquirida.
  • E que tem certeza de que será declarada a vencedora do julgamento.
  • O julgamento pode durar várias semanas.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.