“Criatura bizarra” encontrada nas profundezas do oceano não é o que parece

Cientistas encontraram uma misteriosa – e bizarra – “criatura” nas Ilhas Sandwich do Sul, mas há uma explicação por trás disso
Por Ana Julia Pilato, editado por Lucas Soares 23/04/2025 12h00
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Imagem: Iuzvykova Iaroslava/Shutterstock
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À primeira vista, o vídeo publicado no Facebook pelo Schmidt Ocean Institute, da Califórnia, parece mostrar um tipo de peixe bizarro com antenas. Mas, claro, é sempre bom lembrar que as aparências enganam, e a verdade por trás da criatura encontrada por cientistas nas profundezas do oceano Atlântico é bem mais simples.

Entenda:

  • Uma “criatura” de aparência bizarra foi encontrada no oceano Atlântico;
  • Trata-se, na verdade, de um peixe-rato com dois parasitas presos à sua cabeça;
  • Cada um dos parasitas carregava dois longos sacos com centenas de ovos – o que ajudou a tornar a tal “criatura” ainda mais esquisita.
“Criatura” era peixe com parasitas. (Imagem: Schmidt Ocean Institute)

Na legenda da publicação, a equipe do instituto dá fim ao mistério: a bizarra “criatura” é, na verdade, um peixe-rato com dois parasitas – chamados copépodes – presos em lados opostos de sua cabeça. Quanto às tais “antenas”, nada mais são do que longos sacos de ovos presos aos pequenos crustáceos.

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Criatura do Atlântico era peixe com parasitas

O peixe-rato e os copépodes foram encontrados a 489 metros de profundidade durante uma expedição para examinar as águas das Ilhas Sandwich do Sul. O objetivo da missão era analisar a biodiversidade da região, e, inesperadamente, a equipe acabou registrando a tal criatura misteriosa.

Parasita copépode. (Imagem: shoma81/Shutterstock)

Os parasitas – que pertencem à espécie Lophoura szidati – “se alimentam de sangue e fluidos do hospedeiro usando suas partes bucais raspadoras inseridas nos músculos do peixe”, disse o biólogo James Bernot, que não participou da expedição, ao Live Science.

‘Antenas’ da criatura misteriosa eram ovos de crustáceos

No vídeo do Facebook, cada copépode pode ser visto carregando dois sacos com centenas de ovos cada. De acordo com Bernot, os parasitas “carregam seus ovos em sacos presos ao corpo até que eles eclodam e se transformem em náuplios [larvas de crustáceos], que passarão por vários estágios larvais e, eventualmente, encontrarão seu próprio hospedeiro.”

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.