“Superterra” é descoberta orbitando estrela parecida com o Sol

Satélite da NASA detectou sinais vindos de uma estrela a 315 anos-luz da Terra e astrônomos confirmaram a presença de um inédito planeta
Por Samuel Amaral, editado por Bruno Capozzi 28/04/2025 09h06, atualizada em 28/04/2025 21h07
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Astrônomos descobriram um exoplaneta três vezes maior do que a Terra orbitando uma estrela anã amarela, do mesmo tipo que o Sol. A equipe utilizou o telescópio espacial do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, para encontrar TOI-3493 b, título dado ao novo planeta.

O satélite está coletando dados das cerca de 200 mil estrelas mais brilhantes próximas ao Sol para encontrar possíveis exoplanetas. Os cientistas descobriram o astro quando TESS detectou um sinal de luz diferente vindo da estrela TOI-3493, que logo confirmaram ser a evidência da presença de um exoplaneta.

A pesquisa revelou que TOI-3493 b é um astro planetário sub-Netuno, sendo três vezes maior do que a Terra, mas menor do que Netuno. Ele orbita sua estrela a cada 8 dias e sua massa é equivalente a cerca de 9 massas terrestres, o que faz dele um planeta robusto segundo os astrônomos.

A estrela hospedeira TOI-3493 está a 315 anos-luz da Terra. Ela é parecida com o Sol, tem cerca de 1,23 vezes o raio solar e também está na classificação estelar tipo-G. Os pesquisadores estimaram sua idade em 7,4 bilhões de anos e um período de rotação de 34 dias, o que sugere que ela seja uma estrutura estelar inativa.

Comparação do tamanho da Terra com Netuno
Comparação do tamanho da Terra com Netuno (Imagem: NASA)

Satélite da NASA busca mais exoplanetas

O TESS foi lançado em 2018 e já detectou mais de 7.500 possíveis exoplanetas, chamados de Objetos de Interesse do TESS (TOI). Cerca de 620 deles tiveram sua existência confirmada por astrônomos até o momento.

A missão principal do satélite terminou em 2020. Ele captou imagens de cerca de 75% do céu estrelado em uma pesquisa de dois anos. Agora, TESS está num projeto estendido, em busca de mais planetas, captando sinais de pequenas rochas até astros gigantes.

TESS produziu um mapa estelar ao longo de dois anos. (Imagem: NASA)

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“O TESS está produzindo uma torrente de observações de alta qualidade, fornecendo dados valiosos sobre uma ampla gama de tópicos científicos. Ao entrar em sua missão estendida, o TESS já é um sucesso estrondoso”, disse Patricia Boyd, cientista no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA.

Samuel Amaral
Redator(a)

Samuel Amaral é jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e estagiário de Ciência e Espaço no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.