Conheça o navio autônomo mais avançado do mundo

AIRCAT Bengal MC contará com sistemas de alerta situacional avançado de última geração, orientados por inteligência artificial
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli 29/04/2025 02h40
Navio no mar
Embarcação pode lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk (Imagem: Divulgação/Eureka Naval)
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A empresa de defesa estadunidense Eureka Naval Craft e a especialista australiana em autonomia marítima Greenroom Robotics revelaram detalhes do que chamam de o “navio de ataque naval autônomo mais avançado do mundo”

O AIRCAT Bengal MC é a primeira embarcação naval autônoma do mundo a transportar carga útil de 40 toneladas com velocidade máxima de mais de 50 nós, dependendo da carga útil, e um alcance de mil milhas náuticas.

Navio é capaz de operar com ou sem tripulação (Imagem: Divulgação/Eureka Naval)

O navio será oferecido à Marinha dos EUA, ao Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e às marinhas aliadas, incluindo países da AUKUS e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), bem como a Cingapura, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Tailândia e Filipinas, segundo comunicado.

Navio mais letal e menos custoso

  • Capaz de operar com ou sem tripulação, o navio é considerado “mais letal” do que outras embarcações de guerra e pode lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk e mísseis de ataque naval (NSM, na sigla em inglês) anti-navio;
  • De acordo com as empresas envolvidas no projeto, essa capacidade de “projeção de força” é um diferencial, pois reduz o risco de dependência de navios de guerra tripulados muito maiores e mais caros para disparar mísseis;
  • “A realidade é que o mercado naval nessa classe de peso precisa ser revolucionado. Muitas embarcações, hoje, são obsoletas, lentas e caras. O AIRCAT Bengal MC oferece navio alternativo muito rápido, armado até os dentes, pode ser autônomo e tem a capacidade de transportar cargas úteis muito mais pesadas em alta velocidade, aumentando a letalidade”, afirmou o CEO da Eureka Naval Craft, Bo Jardine;
  • Além disso, o uso de técnicas de construção modular reduz os custos de fabricação e reparo da embarcação, que tem eficiência de combustível superior e menor sobrecarga operacional do que outras opções disponíveis atualmente.

Versátil, o Bengal MC pode ser usado como embarcação de transporte de tropas, embarcação de apoio ao desembarque, plataforma de guerra eletrônica, nave-mãe de drones e para colocação de minas e guerra anti-minas.

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Navio será oferecido à Marinha dos EUA e aliados da OTAN (Imagem: mariusz_prusaczyk/iStock)

Sistema moderno

O AIRCAT Bengal MC se beneficiará do sistema de software Greenroom Advanced Maritime Autonomy (GAMA) que a Greenroom passou anos desenvolvendo e validando em um barco-patrulha de 57 metros da classe Armidale, Sentinel, conhecido como Teste de Autonomia de Barco-Patrulha (PBAT, na sigla em inglês), com apoio da Marinha Real Australiana.

O navio contará com sistemas de alerta situacional avançado de última geração, orientados por inteligência artificial (IA), e sistemas de habilitação de frota prontos para enxames, permitindo que as tripulações navais ou da guarda costeira operem com precisão, segurança e eficáciaincomparáveis” ​​em cenários marítimos de alta ameaça. 

O navio autônomo se juntará à frota de embarcações AIRCAT da Eureka, incluindo o Bengal, o Lynx, o Jaguar e o Panther, cada uma adaptada para missões específicas, que abrangem ataque rápido, reconhecimento, resgate, transporte de tropas em alta velocidade e logística não tripulada.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.