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As células HeLa foram as primeiras células humanas a serem cultivadas com sucesso fora do corpo e continuam, até hoje, sendo uma das linhagens celulares mais utilizadas na pesquisa científica mundial.
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O nome vem das iniciais de Henrietta Lacks, uma mulher afro-americana cuja amostra de tecido foi coletada em 1951 durante o tratamento de um câncer cervical, sem seu conhecimento ou consentimento. Essa linhagem celular tem a característica de ser imortal em laboratório, ou seja, pode se replicar indefinidamente sob as condições certas.
O caso das células HeLa é um dos mais marcantes da história da ciência tanto pelos avanços que permitiu como pelas questões éticas que levantou.
O tecido de Henrietta, coletado no Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos, deu origem a uma linhagem que revolucionou a medicina e a biologia celular.
No entanto, sua família só veio a saber do uso das células décadas depois, o que abriu um debate sobre consentimento, direitos de pacientes e exploração científica.
Células que nunca morrem

A imortalidade das células HeLa ocorre porque elas são cancerosas. Células normais do corpo humano se dividem um número limitado de vezes antes de entrar em senescência e morrer.
Já as células do tumor de Henrietta têm uma capacidade excepcional de se multiplicar sem parar, o que as torna ideais para experimentos científicos, testes de medicamentos, vacinas, estudos genéticos e muito mais.
Essa linhagem celular foi essencial, por exemplo, no desenvolvimento da vacina contra a poliomielite, nos testes iniciais de medicamentos contra o HIV, no sequenciamento do genoma humano e em diversas terapias contra o câncer.
Também é usada para estudar os efeitos da radiação, toxinas, hormônios e até mesmo da gravidade zero em ambientes simulados de espaço sideral.
Uma história de ciência e injustiça

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Henrietta Lacks morreu poucos meses após a coleta do tecido, sem nunca saber que seu corpo havia fornecido uma das ferramentas mais importantes da história da medicina moderna.
Durante décadas, sua identidade foi ocultada, e sua família não foi informada nem consultada sobre o uso comercial das células. Enquanto empresas lucravam com a linhagem HeLa, os descendentes de Henrietta continuaram sem acesso a serviços de saúde adequados.
O caso tornou-se emblemático e expôs a necessidade de rever protocolos éticos na pesquisa biomédica. A história de Henrietta foi tema de livros e filmes e hoje é usada em salas de aula para discutir bioética, justiça e os direitos dos pacientes.
Legado científico
Estima-se que as células HeLa já foram usadas em mais de 75 mil estudos científicos ao redor do mundo. Por sua estabilidade e reprodutibilidade, elas continuam sendo uma referência em laboratórios até hoje. Seu legado é duplo: impulsionou a ciência a níveis jamais imaginados, mas também serviu como alerta para os limites éticos da pesquisa.
Com informações de UFABC Divulga Ciência.