Fim da vasectomia? Startup testa anticoncepcional para homens

O produto funciona com um gel que bloqueia a passagem dos espermatozoides, tem fácil aplicação e não apresenta qualquer efeito colateral
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 08/05/2025 06h40
óvulo e espermatozoides
Novo estudo apresenta método não hormonal de impedir a fertilização (Imagem: Yurchanka Siarhei / Shutterstock.com)
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Um novo anticoncepcional masculino, injetável e reversível, pode se tornar realidade em breve. Desenvolvido pela startup Contraline, ele funciona com um gel que bloqueia a passagem dos espermatozoides.

A aplicação leva cerca de 30 minutos, não é invasiva e o efeito pode durar até 2 anos. Segundo os pesquisadores responsáveis pelo produto, o melhor de tudo é que não há qualquer efeito colateral observado.

Primeiros testes em humanos foram positivos

Chamado de ADAM™, o anticoncepcional masculino foi apresentado na Reunião Anual da American Urological Association (AUA), em Las Vegas, nos Estados Unidos. No evento, os pesquisadores ressaltaram os resultados positivos dos primeiros testes em humanos.

Anticoncepcional masculino está sendo testado por startup (Imagem: Contraline)

Segundo a startup, o método inovador é eficaz e seguro. Ele junta a tecnologia do gel com a ação do GLP1, comumente usados para controle de peso e diabetes e associado a uma melhor contagem de espermatozoides.

Os pesquisadores afirmam que, juntas, essas descobertas podem representar novos caminhos para a saúde reprodutiva dos homens. Isso permitiria um planejamento familiar mais seguro e eficaz,

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Gel bloqueia a passagem dos espermatozoides (Imagem: Christoph Burgstedt/Shutterstock)

Produto pode ser liberado ao público até 2028

  • O desenvolvimento de um anticoncepcional masculino é algo aguardado há muito tempo.
  • Somente aqui no Brasil, para se ter uma ideia, houve um aumento de cerca de 40% no número de vasectomias realizadas entre 2022 e 2024.
  • Isso significa que foram 95 mil procedimentos realizados no ano passado.
  • O novo produto ainda está em fase de testes, mas pode representar um avanço importante.
  • Se tudo ocorrer como o esperado, os cientistas esperam que ele chegue ao mercado em até 3 anos.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.