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Uma nova pesquisa concluiu o que muitos já suspeitavam: a nossa percepção de tempo pode ser alterada por exercícios físicos. E a presença de outras pessoas não faz qualquer diferença nesse efeito. Os resultados foram publicados no periódico Brain and Behavior.
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O professor Andrew Edwards, diretor da Escola de Psicologia e Ciências da Vida da Universidade Christ Church de Canterbury, liderou o trabalho com o Dr. Stein Menting e a professora associada Marije Elferink-Gemser, ambos da Universidade de Groningen, e com a professora Florentina Hettinga, da Universidade de Northumbria.
“Nossas descobertas têm implicações importantes para escolhas saudáveis de exercícios, níveis de prazer e também para como usamos essas informações para otimizar o desempenho”, disse o professor Edwards.

Como foi feita a pesquisa?
Os participantes realizaram uma tarefa padronizada de percepção de tempo antes, durante e depois do exercício de ciclismo, e incluíram diferentes condições: testes individuais, testes com um avatar (companheiro passivo) e testes competitivos contra um avatar (oponente ativo).
Eles foram orientados a estimar a duração do tempo percebido expressando verbalmente “fim” quando acreditavam que um período de 30 ou 60 segundos havia decorrido. O tempo cronológico foi registrado usando um cronômetro.
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Quais foram os resultados?
Os participantes superestimaram ligeiramente a velocidade com que os ponteiros do relógio deveriam se mover antes e depois do esforço, mas, no meio do desafio, a situação se inverteu completamente: “a percepção do tempo foi significativamente reduzida durante o exercício”, relata a equipe.
Essa “dor” e “sofrimento” provocados pela atividade física se assemelha a “situações de ameaça percebida frequentemente usadas em pesquisas psicológicas de estimativa de período de tempo”, observa a equipe, em que “durante incidentes perigosos, os eventos parecem passar em câmera lenta, como se o tempo tivesse desacelerado”.

O estudo, no entanto, apresenta várias ressalvas, acrescentou o professor Edwards. Ainda não está claro se os resultados são generalizáveis. Embora os participantes não fossem ciclistas profissionais, estavam em boa forma física, o que não se aplica a todos.
Além disso, o tamanho da amostra de 33 pessoas oferece um primeiro vislumbre intrigante de como nossa percepção do tempo pode ser distorcida — e talvez uma pista de como levar as coisas para o próximo nível durante o exercício.
“Os principais eixos do trabalho são ver como podemos motivar as pessoas a se exercitarem, evitar/mitigar associações negativas com o tempo parecendo passar mais devagar e talvez ver se podemos usar essa aparente desaceleração do tempo a nosso favor”, afirma.