Em breve, podemos ter uma usina nuclear na Lua

Parceria prevê a utilização de um reator russo para fornecer energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS)
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 15/05/2025 09h31
lua e terra
Imagem: Dima Zel/Shutterstock
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Agora é oficial. Os governos da China e da Rússia confirmaram a assinatura de um acordo que prevê a construção de uma usina nuclear na Lua. O objetivo é fornecer energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS).

A expectativa é de que o projeto seja concluído até 2036. Ele tem uma grande importância científica, uma vez que representa os primeiros passos rumo a uma presença humana fixa no satélite natural do nosso planeta.

Acordo faz parte do projeto da Estação Internacional de Pesquisa Lunar

Segundo os países, a construção da usina nuclear seria feita sem a presença de humanos na Lua. Os detalhes sobre como isso seria possível, no entanto, não foram divulgados. A agência espacial russa Roscosmos se limitou a informar que as etapas tecnológicas estão “quase prontas”.

Concepção artística da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (Imagem: CNSA/CLEP)

Além da usina nuclear, também estão sendo consideradas outras fontes de energia, como grandes painéis solares. Eles seriam instalados na superfície lunar, com redes de cabos e dutos que levarão calor e energia até os locais necessários, visando criar uma base autossuficiente, preparada para missões de longa duração.

No total, 17 países fariam uso da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). No futuro, o espaço serviria também como ponto de partida para lançamentos de missões espaciais para Marte, por exemplo. As informações são do Live Science.

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O espaço pode servir como ponto de partida para lançamentos de missões espaciais para outros planetas (Imagem: CNSA/CLEP)

Parceria ameaça planos dos EUA

  • A assinatura do novo acordo reforça os laços entre Rússia e China.
  • Os dois países rivalizam com os Estados Unidos em diversos assuntos, inclusive na questão espacial.
  • Essa aliança pode fazer com que as nações superem os esforços norte-americanos de levar astronautas de volta ao solo lunar em 2027.
  • Isso está previsto no programa Artemis, da NASA, que tem sofrido diversos atrasos.
  • Em outras palavras, uma corrida espacial está em pleno vapor.
  • Quem será capaz de vencê-la?
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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