Julgamento vem em paralelo à questão da adultização infantil nas redes sociais (Imagem: mundissima/Shutterstock)
As redes sociais da Meta tem se tornado um ambiente propício para a aplicação de golpes por criminosos digitais, e uma matéria do Wall Street Journal revelou a gravidade do problema.
Um dos afetados é Edgar Guzman. Há quase dois anos, ele tem lidado com clientes enganados por anúncios falsos usando indevidamente o nome e endereço da sua empresa, a Half-Off Wholesale, no Facebook e Instagram.
Esses anúncios, veiculados por golpistas estrangeiros, prometem produtos com grandes descontos, mas os compradores nunca recebem o que pagaram. Embora Guzman denuncie as fraudes à Meta, pouco é feito, e sua reputação sofre.
Esse problema é parte de um cenário maior. Documentos internos, reguladores e bancos apontam que o Facebook e o Instagram, da Meta, se tornaram centros para fraudes online.
Dados do JPMorgan indicam que quase metade das fraudes no Zelle entre 2023 e 2024 teve origem em plataformas da Meta. Estudos internos da empresa revelaram que até 70% dos anunciantes novos promovem golpes ou produtos de baixa qualidade.
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A Meta afirma estar intensificando suas ações contra fraudes, com uso de IA, reconhecimento facial e parcerias com bancos, mas também sustenta em tribunais que não tem responsabilidade legal sobre golpes cometidos por terceiros em sua plataforma.
Críticos afirmam que a empresa tem sido negligente, permitindo a proliferação de redes criminosas internacionais que exploram sua infraestrutura.
Apesar de alegar esforços recentes, documentos mostram que a Meta tratava fraudes como problema de “baixa gravidade”, com pouco investimento em ferramentas para combatê-las.
Especialistas e vítimas questionam o real compromisso da empresa em proteger consumidores diante do conflito entre segurança e lucro.
Esta post foi modificado pela última vez em 16 de maio de 2025 13:17