Uma das maiores jazidas de minerais do mundo está nos Andes

Empresas responsáveis pela área vão produzir relatório para definir cronograma de exploração até o primeiro trimestre de 2026
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli 20/05/2025 03h40
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Jazida representa a maior descoberta do tipo dos últimos 30 anos (Imagem: Lundin Mining/Reprodução)
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Uma enorme jazida de minerais, com cobre, ouro e prata, foi descoberta na Cordilheira dos Andes, na fronteira entre Argentina e Chile. O depósito já é considerado um dos maiores do mundo, segundo a mineradora sueco-canadense Lundin Mining.

A empresa contabilizou 13 milhões de toneladas de cobre, 32 milhões de onças de ouro e 659 milhões de onças de prata, o que torna a jazida a maior descoberta do tipo dos últimos 30 anos.

O achado está localizado no Recurso Mineral de Vicuña, que fica na Província de San Juan, na Argentina, e na Região de Atacama, no Chile. A região abrange dois depósitos principais, Filo del Sol e Josemaria, controlados também pela inglesa BHP.

Argentina será grande beneficiária da descoberta, com criação de empregos e infraestrutura (Imagem: Reprodução/Lundin Mining)

Minerais com grande potencial econômico

  • Analistas financeiros consultados pelo site Earth.com observaram que a Argentina será grande beneficiária da descoberta, com criação de empregos e desenvolvimento de comércio e infraestrutura;
  • Comunidades locais também esperam que a riqueza gerada pela exploração seja bem administrada pelo governo, com alocação de fundos para serviços essenciais, como escolas, hospitais e pavimentação de estradas em áreas subdesenvolvidas;
  • As mineradoras ainda estão trabalhando em relatório técnico para definir as estratégias de exploração, bem como as previsões econômicas com o projeto a médio e longo prazo. O documento deve ser concluído até o primeiro trimestre de 2026.

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Região abrange dois depósitos principais, Filo del Sol e Josemaria (Imagem: Lundin Mining/Reprodução)

Metais preciosos

Nos últimos meses, a cotação do ouro tem crescido de forma exponencial: no ano passado, a valorização foi de 24%. Recentemente, atingiu recorde histórico de US$ 3 mil (R$ 16,9 mil, na conversão direta) por onça — e tem sido fundamental para a produção até mesmo de naves espaciais.

Já o cobre se destaca pela excelente condutividade elétrica e térmica em fiação, eletrônicos, máquinas e tecnologia de energia limpa. Enquanto isso, a prata ainda é sinônimo de luxo em joias e talheres, além de oferecer condutividade elétrica superior em eletrônicos e tecnologia solar.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.