ChatGPT passa a ser uma das marcas mais valiosas do mundo

Em fevereiro de 2025, os usuários ativos semanais da OpenAI, desenvolvedora do chatbot, ultrapassaram 400 milhões
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli 20/05/2025 02h20
Foto estilo POV de pessoa segurando lupa sobre tela de notebook com ChatGPT aberto
(Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
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O ChatGPT estreou no ranking 100 das marcas mais valiosas do mundo elaborado pela consultoria Kantar. A ferramenta da OpenAI entrou na posição 60, com valor estimado de US$ 43,6 bilhões (R$ 246 bilhões, na conversão direta).

De acordo com o relatório, o ChatGPT é a ferramenta de inteligência artificial (IA) mais relevante entre todas as medidas entre consumidores nos EUA e na Índia. É também o primeiro nome que vem à mente quando a maioria das pessoas pensa em IA generativa.

Janelas dos sites da Microsoft e da OpenAI em cima de janela do ChatGPT em Mac
Hoje, estima-se que existam 70 mil empresas de IA em todo o mundo (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

O modelo de linguagem é considerado uma marca “estrela” pela consultoria, pois combina velocidade de memorização, significado (conexão emocional com o público) e diferença (liderança de categoria) na comparação com outros produtos do mesmo segmento.

No top dez do ranking, estão Apple, Google, Microsoft, Amazon, Nvidia, Facebook, Instagram, McDonald’s, Oracle e Visa, respectivamente.

ChatGPT: trajetória em evolução

  • Lançado em novembro de 2022, o ChatGPT conquistou 100 milhões de usuários ativos mensais em apenas dois meses — superando em muito aplicativos de consumo anteriores, como TikTok, Instagram e Facebook, segundo a Kantar;
  • O rápido crescimento continuou: em fevereiro de 2025, os usuários ativos semanais da OpenAI, desenvolvedora do chatbot, ultrapassaram 400 milhões;
  • Hoje, estima-se que existam 70 mil empresas de IA em todo o mundo, o que torna a concorrência acirrada.

“Embora possa ser o pioneiro de sucesso, existem muitas outras empresas tentando se beneficiar de seu sucesso e desbancá-lo da liderança. Para se manter à frente, o ChatGPT precisará se manter afiado e encontrar novas maneiras de se destacar”, diz Martin Guerrieria, chefe da Kantar Brandz.

“Quanto mais pessoal e agradável a plataforma se tornar, mais forte será sua influência sobre os usuários e mais promissor será seu futuro”, avalia.

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Logo do ChatGPT e da OpenAI
OpenAI pode aumentar preços de assinaturas para sustentar investimentos em pesquisa (Imagem: Mamun sheikh K/Shutterstock)

Desafios pela frente

Apesar de gerar US$ 3,5 bilhões (R$ 19,76 bilhões) em receita em 2024, a OpenAI deverá ter perda de US$ 5 bilhões (R$ 28,23 bilhões). O CEO da empresa, Sam Altman, admitiu que o ChatGPT Pro opera com prejuízo, mesmo com a cobrança de US$ 2,4 mil (R$ 13.550,88) por ano e o uso acima do esperado.

Em busca de vantagem competitiva, a OpenAI está investindo em pesquisa e desenvolvimento, o que pode levar ao aumento de preços das assinaturas para sustentar o projeto. 

Na avaliação da consultoria, isso será difícil de implementar se os usuários perceberem que concorrentes próximos oferecem recursos semelhantes a preços mais baixos.

“A diferenciação percebida [pelo cliente] vai além da proeza técnica; a forma como uma plataforma entrega suas descobertas pode ser tão importante quanto a precisão dessas descobertas”, diz Guerrieria.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.