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Já imaginou estar pilotando um avião no meio da noite e, de repente, ver raios aparecendo no para-brisa? Isso é mais comum do que você pensa e não se trata de nenhuma emergência a bordo.
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Um vídeo gravado pelo piloto Fabiano Koccis viralizou nas redes sociais mostrando o “Fogo de Santelmo”. Apesar de parecer assustador em um primeiro momento, o comandante explica que o fenômeno é completamente normal e faz parte da aviação.
O que é o “Fogo de Santelmo”?
Apesar do nome, o “Fogo de Santelmo” (ou descarga corona) não corresponde a um incêndio: trata-se de uma descarga elétrica provocada por um campo suficientemente intenso para promover a ionização do ar. O processo induz a excitação de gases carregados, que emitem fótons responsáveis pelo brilho do fenômeno.
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A cor das “chamas” depende do tipo de gás ionizado. Como a atmosfera da Terra contém principalmente nitrogênio e oxigênio, o brilho assume tons azulados ou arroxeados.
Diferentemente de um raio, que é uma descarga violenta, o “Fogo de Santelmo” é uma emissão contínua e silenciosa, sem calor significativo. Ele ocorre porque o campo elétrico intenso em pontas afiadas (como as asas de um avião) acelera elétrons, excitando moléculas de nitrogênio e oxigênio no ar – daí sua coloração azulada ou arroxeada.
Relatos históricos descrevem o “Fogo de Santelmo” como um brilho fantasmagórico, surgindo em objetos pontiagudos durante tempestades. Os navegadores da Era das Grandes Navegações acreditavam ser uma bênção de São Telmo, o padroeiro dos marinheiros, indicando que o pior da tormenta já havia passado.
O nome “Santelmo” vem de uma corruptela de Santo Erasmo (também chamado de Ermo ou Telmo), um mártir do século IV que se tornou protetor dos navegantes.
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