Apesar de todos os avanços na compreensão sobre os dinossauros, muitas dúvidas sobre o modo de vida destes incríveis animais persistem. Por exemplo, até hoje não se pode precisar ao certo como estas criaturas antigas se comportavam.
Um entendimento que pode mudar a partir de um novo estudo publicado na revista Geosciences. Neste trabalho, os pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, recriaram digitalmente uma trilha de pegadas de 120 milhões de anos.
Pegadas cobriram quase 70 metros de distância
- As marcas foram encontradas na vila de Hanxi, na atual China, no que é considerada a trilha mais longa deixada por um terópode no leste asiático.
- No total, são 81 pegadas consecutivas e que cobrem quase 70 metros de distância.
- Estes rastros são fundamentais para o estudo dos dinossauros.
- No entanto, são difíceis de se decifrar por conta dos desafios logísticos de medir as pegadas no ambiente.
- Para superar este desafio, os cientistas resolverem recriar a trilha em um computador.
- O resultado deste trabalho ajudou a equipe a revelar detalhes do comportamento destes animais extintos.
Veja o resultado no vídeo abaixo:
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Revelações sobre o comportamento do animal
A partir da recriação digital das pegadas, os pesquisadores conseguiram analisar os passos dos dinossauros em detalhes. Foi possível perceber, por exemplo, mudanças de ritmo e até respostas ao ambiente.
Segundo os cientistas, as marcas revelaram que o animal acelerou de forma breve durante a trilha antes de voltar ao ritmo normal. Toda a movimentação dele foi feita quase que em uma linha perfeitamente reta.
O estudo ainda apontou que o terópode tinha 1,13 metro de altura e pesava 292 kg. O animal se movia a 5,3 km/h, o equivalente a um humano andando rapidamente. Estas informações podem sugerir que o espécime era um Yutyrannus, espécie que viveu na região no início do Período Cretáceo.
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