Julgamento da Meta: como a big tech se defendeu da acusação de monopólio

Empresa rebate acusações da FTC e defende que TikTok e YouTube são concorrentes reais em disputa por atenção
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 22/05/2025 18h13
Logo da Meta ao fundo, com um martelo de juiz à frente
(Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)
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A Meta concluiu na última quarta-feira (21) sua defesa no processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), que acusa a empresa de prejudicar a concorrência ao adquirir o Instagram e o WhatsApp.

O governo alega que as compras foram parte de uma estratégia de “comprar ou enterrar” concorrentes emergentes.

Durante quatro dias, os advogados da Meta argumentaram perante o juiz James Boasberg que a empresa atua em um mercado altamente competitivo e que suas aquisições fortaleceram os aplicativos, em vez de sufocar a inovação.

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Redes sociais da Meta
Justiça analisa se aquisições de Instagram e WhatsApp eliminaram concorrência ou impulsionaram inovação (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Concorrência acirrada e consumidores diversificados

  • A Meta rebateu a visão da FTC de que seus principais concorrentes seriam apenas plataformas de conexão social como o Snapchat.
  • Segundo a empresa, ela disputa atenção dos usuários com gigantes como TikTok, YouTube e até o iMessage da Apple.
  • Um estudo citado pela defesa mostrou que, quando usuários reduziram o tempo nos apps da Meta, migraram para outras plataformas, indicando concorrência intensa.
  • As informações são do New York Times.

Aquisições teriam impulsionado os aplicativos

A empresa também destacou que Instagram e WhatsApp se beneficiaram significativamente após suas aquisições.

Testemunhos de fundadores e executivos apontaram avanços em monetização, expansão internacional e funcionalidades, como chamadas de voz. Para a Meta, isso comprova que as aquisições impulsionaram a inovação, em vez de bloqueá-la.

Ceticismo do juiz e decisão pendente

Apesar dos argumentos da Meta, o juiz Boasberg rejeitou um pedido da empresa para encerrar o caso antecipadamente. Ele afirmou que a FTC apresentou provas suficientes para que o processo siga adiante. O julgamento, que pode ter grande impacto no setor de tecnologia, agora aguarda decisão final.

Smartphone exibindo os logos dos apps da Meta
Meta encerra defesa e nega prática de ‘comprar ou enterrar’ rivais (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.