“Raio de Ferro”: conheça o laser usado por Israel para derrubar drones e mísseis do Irã

Utilizado pela primeira vez no recente confronto, este sistema de defesa aéreo usa feixes de laser para interceptar mísseis e drones
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 20/06/2025 10h49
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Imagem: divulgação/Rafael Advanced Systems
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Israel tem conseguido destruir ou danificar alvos no Irã. No entanto, infraestruturas israelenses também têm sido atingidas por ataques iranianos. Um exemplo disso foi o recente bombardeio de um hospital que deixou dezenas de feridos.

Para conter estes ataques, o governo de Benjamin Netanyahu passou a utilizar o Iron Beam (Raio de Ferro, em português). Este sistema de defesa aéreo usa feixes de laser para interceptar mísseis e drones inimigos.

Bandeira do Irã na farda de um soldado iraniano
Irã tem realizado bombardeios contra o território israelense (Imagem: Fly Of Swallow Studio/Shutterstock)

Baixo custo de operação e precisão

Trata-se de um canhão de laser que usa uma configuração de espelhos para formar um feixe de luz com alta energia, que pode ter potência de até 100 kW e é capaz de derrubar foguetes, artilharia, morteiros, mísseis de cruzeiro e veículos aéreos não tripulados (UAVs), inclusive enxames de drones. Além da arma de laser, o equipamento conta com um sistema de monitoramento de alvos por GPS e um centro de comando.

A principal vantagem é o custo baixo de operação. Não há necessidade, por exemplo, de usar munição, o que economiza toda a cadeia de produção e logística. Segundo o governo israelense, o feixe de luz tem o diâmetro de uma moeda e é muito preciso. Além disso, por ser basicamente luz, é imune aos efeitos de distorção do vento e da temperatura atmosférica. Ele usa apenas energia elétrica ou baterias para funcionar, fazendo com que os danos colaterais sejam mínimos.

Bandeira de Israel em contraste míssil e defesas aéreas
Israel acionou o novo sistema para neutralizar ataques do Irã (Imagem: Hamara/Shutterstock)

O Raio de Ferro pode ser utilizado de duas formas. Como uma máquina fixa, que faz uma leitura do ambiente a partir de radares, ou sendo instalada em caminhões, ou outros equipamentos blindados, bem como a bordo de aviões. Um dos problemas do sistema, no entanto, é o alcance de 10 km, considerado muito curto. As informações são do G1.

Lembrando que este sistema de defesa é diferente do Domo de Ferro, bastante utilizado para conter ataques do grupo terrorista Hamas nos últimos meses. O uso desta tecnologia, entretanto, não tem tido a mesma resposta contra os armamentos do Irã, muito mais avançados.

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Bandeiras de Israel e Irã em contraste de aviões
Ataques entre Israel e Irã estão escalando (Imagem: Mohammed Mohsin Ali/Shutterstock)

Aumento das tensões no Oriente Médio

  • O conflito entre Israel e Irã começou na última sexta-feira (13) e já deixou centenas de mortos.
  • Os israelenses bombardearam diversos alvos iranianos, entre eles instalações nucleares, matando, inclusive, alguns líderes do governo do país.
  • Tel Aviv alega que o objetivo dos ataques é acabar com o programa nuclear do Irã.
  • Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os iranianos podem ser capazes de construir bombas nucleares no futuro próximo, o que ameaçaria a existência israelense.
  • Já Teerã considerou os bombardeios como “crimes de guerra” e garantiu que não pretende construir armas nucleares.
  • O país retaliou lançando mísseis contra as principais cidades de Israel.
  • O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ainda disse que os ataques terão “consequências irreparáveis”.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.