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Os cabos submarinos são responsáveis pela transferência de 99% de todos os dados digitais, sendo fundamentais para manter o mundo conectado. Atualmente, há 1,4 milhão de quilômetros destas estruturas no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.
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Mesmo assim, existe uma desigualdade evidente nesta infraestrutura global. É isso, por exemplo, que faz com que a conexão na região norte do planeta seja superior do que a do chamado Sul Global. Uma realidade que o governo brasileiro quer mudar.
Medida vai garantir maior autonomia dos países
Em encontro do BRICS, grupo do qual o Brasil faz parte, o governo Lula propôs a construção de um cabo submarino interligando países do Sul Global. A medida é considerada estratégica e tem como objetivo garantir maior autonomia digital aos países do bloco.
Segundo a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, a infraestrutura irá reduzir a dependência das rotas controladas por nações do Norte Global. Ela ainda explicou que a iniciativa integra o esforço do Brasil para fortalecer a soberania tecnológica do bloco.
O governo brasileiro ainda propôs novas chamadas conjuntas para projetos de inovação, com foco em grandes iniciativas e cooperação em inteligência artificial. Por fim, fechou um acordo com a China para a criação de um centro de transferência de tecnologia. As informações são do portal TeleSíntese.
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- Enquanto sugere o desenvolvimento de uma infraestrutura global, o Ministério das Comunicações ampliou o prazo para contribuições à Política Nacional de Cabos Submarinos até 11 de agosto de 2025.
- A iniciativa é conduzida por meio da plataforma Participa + Brasil E pretende estabelecer diretrizes para a expansão da infraestrutura digital por meio de cabos submarinos, com foco em regiões sem conectividade, em especial no Norte do país.
- A proposta também busca consolidar o papel brasileiro como ponto estratégico em rotas globais de telecomunicações.
- A consulta pública foi lançada em 13 de maio de 2025, com encerramento inicialmente previsto para 27 de junho.
- Segundo o Ministério das Comunicações, a ampliação do prazo vai permitir um maior engajamento dos diversos agentes do setor e da sociedade civil na construção do documento final, previsto para ser lançado ainda neste ano.
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