Lançamento da missão Ax-4, da Axiom Space, em um foguete Falcon 9, da SpaceX, em 25 de junho de 2025. Crédito: SpaceX
Na última quarta-feira (25), às 3h31 (pelo horário de Brasília), um foguete Falcon 9, da SpaceX, decolou rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando quatro astronautas a bordo, membros da missão privada Ax-4, da empresa Axiom Space. Pouco depois do lançamento, algo impressionante foi visto no céu naquela madrugada.
O Falcon 9 é um foguete reutilizável de dois estágios usado para transportar carga, satélites (principalmente os da Starlink) e tripulantes. Quando o propulsor do veículo retorna para pousar controladamente na Terra, a combustão reversa pode criar plumas de exaustão no alto da atmosfera.
Essas plumas, às vezes, assumem formas curiosas. Algumas parecem auroras, espirais ou as chamadas nuvens noctilucentes, como aconteceu na ocasião do lançamento da missão Transporter-14, também na semana passada.
No entanto, o que se viu no céu no retorno do booster usado na missão Ax-4 foi algo ainda mais espetacular: um efeito luminoso semelhante a uma nebulosa!
Uma nebulosa é uma enorme nuvem de gás e poeira no Universo. Algumas se formam quando estrelas muito grandes chegam ao fim da vida e explodem em supernovas, espalhando gás e poeira pelo espaço. Outras, ao contrário, são regiões onde nascem novas estrelas. As nebulosas têm cores, composição, tamanhos e tipos variados, podendo ser de emissão, reflexão, escuras e planetárias – saiba mais aqui.
De acordo com o Centro Ciência Viva do Algarve, Portugal, a Nebulosa da Hélice (NGC 7293), apelidada de “Olho de Deus”, é a mais próxima da Terra, a cerca de 700 anos-luz de distância, na constelação de Aquário. Ou seja, o foguete da missão Ax-4 proporcionou, a olho nu e de pertinho, um espetáculo visualmente semelhante a eventos localizados a, no mínimo, trilhões de quilômetros de nós.
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Esta post foi modificado pela última vez em 30 de junho de 2025 10:01