Meta: Zuckerberg anuncia reestruturação no setor de IA visando “superinteligência”

Sistema realiza tarefas tão bem, ou, ainda, melhor do que humanos
Rodrigo Mozelli30/06/2025 20h07
Mark Zuckerberg de óculos escuros e terno preto com as mãos elevadas e de boca aberta
Executivo mudou foco da empresa (Imagem: Featureflash Photo Agency/Shutterstock)
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Nesta segunda-feira (30), o cofundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou grande reestruturação no setor de inteligência artificial (IA) da empresa.

A ideia do executivo é o de desenvolver a chamada “superinteligência” de IA, sistemas que realizam tarefas tão bem, ou, ainda, melhor do que humanos.

Logo da Meta em um smartphone
Big tech reestruturou completamente seu setor de IA (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

O anúncio de Zuckerberg foi realizado via e-mail enviado aos funcionários da dona de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, informou a Bloomberg.

O que Zuckerberg disse no e-mail endereçado aos funcionários da Meta?

Confira uma recapitulação da reestruturação da Meta, que o Olhar Digital já tinha antecipado aqui:

  • Segundo Zuckerberg, o setor de IA da Meta passa a ser responsabilidade de um novo grupo, chamado Meta Superintelligence Labs;
  • Essa nova área será comandada por Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, empresa de rotulagem de dados;
  • O executivo, segundo Zuckerberg, será diretor de IA na nova divisão;
  • Ainda, Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, firmará parceria com Wang para liderar o grupo, além de chefiar o trabalho da Meta em produtos de IA e pesquisa aplicada;
  • Essas informações foram obtidas pela Bloomberg em um memorando interno da Meta.

“À medida que o ritmo do progresso da IA ​​acelera, o desenvolvimento da superinteligência está se tornando visível. Acredito que este será o início de uma nova era para a humanidade e estou totalmente comprometido em fazer o que for preciso para que a Meta lidere o caminho”, escreveu Zuckerberg no e-mail.

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À esquerda, logo da ScaleAI em um smartphone; à direita, uma imagem desfocada de Alexandr Wang
Alexandr Wang trabalhou na Scale AI (Imagem: Muhammad Raid Ahyan 2105/Shutterstock)

Big tech deixou metaverso de lado para priorizar a IA

Este ano, a IA virou “obsessão” para Zuckerberg, ao passo em que compete com outros grandes players do mercado, como OpenAI e Google, na luta para criar modelos de última geração e assistentes de IA que ele imagina que, um dia, serão onipresentes.

Tal investimento foi realizado em infraestruturas, como chips e data centers, bem como no recrutamento de pessoal e aquisições.

Processo de investimento

No início de junho, a Meta investiu US$ 14,3 bilhões (R$ 77,67 bilhões, na conversão direta) na Scale AI, além de ter contratado Wang no meio do caminho.

Ainda, a big tech negociou com a Perplexity e a Runway AI, sem contar que ela deve, em breve, adquirir a startup que usa IA para replicar vozes PlayAI.

Indo além dessa reestruturação, Zuckerberg comunicou 11 contratações no setor de IA. Isso inclui pesquisadores de OpenAI, Anthropic e Google.

Pessoa segurando celular com logomarcas do Google e do DeepMind na tela, colocado na frente de tela exibindo códigos de programação
Ex-pesquisadores do Google DeepMind foram recrutados por Zuckerberg (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

No “balaio” de contratações, estão:

  • Os ex-pesquisadores do Google DeepMind, Jack Rae e Pei Sun;
  • Diversos pesquisadores da OpenAI, como Jiahui Yu, Shuchao Bi, Shengjia Zhao e Hongyu Ren;
  • Joel Pobar, da Anthropic, que já passou pela Meta no passado, tendo ficado lá por mais de uma década.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.