Imagem: panitanphoto/Shutterstock
A solidão afeta uma em cada seis pessoas no mundo e está associada a cerca de 100 mortes por hora, o que representa mais de 871 mil mortes por ano, de acordo com um novo relatório da Comissão sobre Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O documento destaca os profundos impactos negativos da solidão e do isolamento social na saúde física e mental da população global.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “nesta era em que as possibilidades de conexão são infinitas, cada vez mais pessoas se sentem isoladas e solitárias”.
Ele alerta que, se não forem enfrentados, esses problemas continuarão a gerar enormes custos para a sociedade em áreas como saúde, educação e trabalho.
As causas são diversas, afirma a OMS, incluindo doenças, baixa renda, morar sozinho, infraestrutura comunitária precária e o uso excessivo de tecnologias digitais, que podem afetar negativamente o bem-estar, especialmente entre os jovens.
Os efeitos da solidão são graves. Como aponta o relatório, a falta de conexão social aumenta o risco de AVC, doenças cardíacas, diabetes, declínio cognitivo, depressão, ansiedade e até suicídio.
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A solidão também compromete a aprendizagem e o emprego: adolescentes solitários têm 22% mais chance de notas baixas, enquanto adultos nessa condição enfrentam dificuldades para manter empregos e progredir financeiramente.
“O impacto não se limita aos indivíduos. A solidão prejudica a coesão social e custa bilhões em produtividade e cuidados com a saúde”, alerta o documento, que também destaca que comunidades conectadas tendem a ser mais saudáveis, seguras e resilientes.
Como resposta, a OMS propõe um plano global com cinco frentes: políticas públicas, pesquisa, intervenções práticas, formas aprimoradas de medição — incluindo a criação de um índice global de conexão social — e campanhas para engajamento da sociedade.
“A maioria das pessoas sabe como é se sentir sozinha. E cada um pode ajudar, com ações simples como conversar com um amigo, participar de grupos comunitários ou se voluntariar. E se for algo mais sério, é fundamental procurar apoio”, conclui a OMS.
O texto original foi publicado na Agência Brasil.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de julho de 2025 17:49