Imagem: New Africa/Shutterstock
As pessoas conhecem o impacto que as mudanças climáticas podem gerar na natureza. O aumento da temperatura média, o derretimento das calotas polares, a elevação do nível do mar, o branqueamento dos corais, a maior ocorrência de furacões e incêndios florestais…
A lista é extensa e amplamente divulgada por cientistas e jornalistas no geral. Agora, o que pouca gente se atenta é que o aquecimento global também pode ter influência no seu prato de comida de todo dia. E não do jeito que você pensa.
Leia mais
A maioria dos estudos científicos acerca do assunto se debruça sobre a quantidade e a produção de alimentos em si. O tempo mais seco ou chuvas torrenciais fora de época podem prejudicar plantações inteiras. Segundo pesquisadores britânicos, porém, esse não é o único problema.
Uma equipe da Universidade John Moores, de Liverpool, no Reino Unido, conseguiu demonstrar que uma combinação de maior nível de dióxido de carbono junto com temperaturas mais altas pode levar a uma redução na qualidade nutricional dos alimentos.
“Esse desequilíbrio pode contribuir para dietas mais calóricas, mas com menor valor nutricional. O aumento do teor de açúcar nas plantações, pode levar a maiores riscos de obesidade e diabetes tipo 2”, afirmou Ekele.
Apesar de o estudo simular apenas cenários sobre o Reino Unido, o efeito das mudanças climáticas é global. Ou seja, o que as pesquisadores previram deve se aplicar também a outros países.
Elas ponderam que o estudo se limitou apenas a alguns tipos de vegetais – e que eles tiveram resultados diferentes entre si. Apesar disso, alertam que o risco de empobrecimento nutricional é real – e as autoridades devem ficar atentas a isso.
A equipe defende agora a realização de novos estudos e pede o auxílio da comunidade científica em geral para avançar nessas questões. Isso inclui as áreas de agricultura, nutrição e política climática.
“É importante conectar a ciência das plantas com questões mais amplas de bem-estar humano. À medida que o clima continua a mudar, precisamos pensar sobre o tipo de sistema alimentar que estamos construindo: um que não apenas produza alimentos suficientes, mas também promova saúde, equidade e resiliência”, concluiu a autora do estudo.
As informações são do EurekAlert!
Esta post foi modificado pela última vez em 9 de julho de 2025 11:47