Ave gigante extinta há 600 anos pode voltar à vida; entenda

A moa gigante foi uma das maiores aves que já habitaram a Terra e podia chegar a mais de três metros de altura
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Rodrigo Mozelli 11/07/2025 12h08, atualizada em 18/07/2025 00h56
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Imagem: Shutterstock AI/Shutterstock
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A empresa Colossal Biosciences atua para trazer de volta à vida animais extintos há milhares de anos e já foi responsável, por exemplo, pela desextinção do lobo-terrível. Agora, a companhia anunciou um novo projeto.

O objetivo é recriar a moa gigante, uma das maiores aves que já habitaram a Terra. A espécie, que podia chegar a mais de três metros de altura, foi extinta há quase 600 anos a partir da chegada dos humanos na Nova Zelândia.

Ave não tinha asas e podia atingir mais de três metros de altura (Imagem: Colossal Biosciences)

Investimento milionário para recriar animal

A empresa recebeu um financiamento de mais de US$ 15 milhões (quase R$ 83 milhões) para colocar o projeto em prática. O investimento foi feito por Peter Jackson, diretor da saga “O Senhor dos Anéis”, que é colecionador de ossos de moa e apaixonado pela história da espécie.

A ideia é analisar fósseis da ave gigante para coletar DNA. Na sequência, os cientistas pretendem editar os genes de seus parentes vivos mais próximos, caso da ema. As aves geneticamente modificadas serão incubadas e, depois, soltas em “locais de renaturalização” fechados.

Peter Jackson, à esquerda, e o CEO da Colossal, Ben Lamm, seguram ossos da coleção de moas extintas (Imagem: Colossal Biosciences)

De acordo com a Colossal, a espécie extinta pode voltar à vida em um prazo de cinco a dez anos. Os trabalhos serão feitos em parceria com o Centro de Pesquisa Ngāi Tahu da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia.

O projeto, no entanto, recebeu diversas críticas de ambientalistas. Especialistas temem que o processo de desextinção da ave tire o foco da conservação de espécies atualmente ameaçadas. A Nova Zelândia, por exemplo, ainda enfrenta perda de biodiversidade causada por espécies invasoras e destruição de habitats.

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Esqueleto de moa gigante em museu da Nova Zelândia (Imagem: mikluha_maklai/Shutterstock)

Ave gigante não tinha asas

  • As moas são um grupo extinto de nove espécies de aves não voadoras endêmicas da Nova Zelândia.
  • As duas maiores são a Dinornis robustus e a Dinornis novaezelandiae.
  • Elas podiam atingir 3,6 metros de altura com o pescoço estendido e pesavam cerca de 230 kg.
  • Estes animais não tinham asas e, por isso, não podiam voar.
  • Por milhares de anos, o herbívoro viveu na Nova Zelândia, se alimentando de árvores e arbustos.
  • Acredita-se que a ave foi extinta com a chegada dos humanos à região.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.