O Brasil se tornou um dos principais alvos de ataques cibernéticos no mundo. Um cenário que preocupa as autoridades, mas também as empresas brasileiras, exigindo maior investimento em sistemas de proteção de dados digitais.
Esta tendência é confirmada pelo Relatório de Cibersegurança 2025: Panorama e Insights. O documento foi publicado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom).
Aumento do número de profissionais qualificados
- Segundo o levantamento, o Brasil encontra-se no 12° lugar no mercado de segurança cibernética.
- O trabalho projeta um investimento total de R$ 104,6 bilhões no setor entre 2025 e 2028.
- Para isso, cerca de 30 mil profissionais deverão ser capacitados para trabalhar na área até o final deste ano.
- A análise considera duas ocupações específicas da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): Gerente de Segurança de TI e Administrador em Segurança da Informação.
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Golpes digitais dispararam no Brasil
Em março deste ano, 38% da população brasileira foi vítima de golpe bancário ou tentativa de golpe. O custo médio de uma violação de dados no Brasil foi de US$ 1,36 milhão em 2024. Em 2023, o país registrou um total de 60 bilhões de tentativas de ataques.
Segundo o relatório, o principal método utilizado nos ataques é o Phishing, quando o criminoso envia um e-mail e induz a vítima a clicar em um link falso ou usar um site clonado que imita o original. Dessa forma, ele consegue obter dados sensíveis.
No ano passado, o Brasil teve o terceiro maior aumento no custo de violação de dados (11,5%), atrás apenas da Itália (22,5%) e Alemanha (13,7%). O custo médio de uma violação de dados em 2024 foi de US$ 4,88 milhões, 10% a mais que em 2023.
O Brasil vive um paradoxo em cibersegurança: enquanto lidera em inovação no sistema financeiro, com soluções como o PIX e um dos Open Bankings mais completos do mundo, também se torna um alvo cada vez mais exposto a ataques cibernéticos. Embora a segurança de TI seja a segunda maior prioridade para as empresas em 2025, ela aparece apenas em quarto lugar nas intenções de investimento em tecnologias digitais, indicando uma possível lacuna entre a percepção de importância e a alocação efetiva de recursos.
Relatório de Cibersegurança 2025: Panorama e Insights
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