Estudo identifica 4 padrões de saúde que podem prever o Alzheimer

Ansiedade, hipertensão e outros sinais recorrentes aparecem em sequências específicas que aumentam o risco da doença, segundo nova pesquisa
Leandro Costa Criscuolo29/07/2025 13h29
Desenho de um cérebro se desmanchando
(Imagem: Anna Nikonorova/Shutterstock)
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Embora ainda não exista cura para o Alzheimer, detectá-lo precocemente pode fazer uma grande diferença no tratamento e planejamento de cuidados.

Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), analisou os registros médicos de 24.473 pessoas com Alzheimer e identificou quatro padrões distintos de evolução de problemas de saúde que costumam anteceder o diagnóstico da doença.

Esses padrões, chamados de “grupos de trajetórias”, representam sequências de condições médicas que aumentam o risco de desenvolvimento do Alzheimer.

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Pesquisadores usaram inteligência artificial para rastrear combinações de doenças que antecedem o Alzheimer e pode ajudar na detecção precoce – Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock

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Quais são os quatro padrões:

  • Os quatro grupos identificados foram: saúde mental (como ansiedade e depressão), encefalopatia (deterioração cerebral progressiva), comprometimento cognitivo leve (declínio da capacidade mental) e doenças vasculares (hipertensão e problemas articulares, por exemplo).
  • Os pesquisadores usaram um método chamado “distorção temporal dinâmica” para identificar essas rotas e entender como diferentes condições se combinam ao longo do tempo.
  • Segundo o estudo, focar em trajetórias compostas por múltiplas etapas oferece uma avaliação de risco mais precisa do que observar doenças isoladas.
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Pesquisa mostra que padrões envolvendo saúde mental, problemas vasculares e cognitivos podem funcionar como alerta precoce para a doença – Imagem: Ekaterina Markelova/Shutterstock

O modelo foi validado com outro banco de dados, contendo informações de mais de 8.500 pessoas, e mostrou forte associação entre essas trajetórias e o Alzheimer.

Mais ferramentas para conseguir diagnósticos precoces

Embora os padrões não impliquem causa direta, eles fornecem caminhos promissores para melhorar o diagnóstico precoce, avaliar riscos e orientar intervenções preventivas. A equipe agora pretende expandir o estudo para incluir outras formas de demência.

A pesquisa foi publicada na revista eBioMedicine.

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Descobertas do estudo podem significar uma maior taxa de diagnósticos precoces do Alzheimer – Imagem: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.