Google promete revolucionar o mapeamento da Terra; veja!

AlphaEarth Foundations oferece aos cientistas um panorama mais completo e consistente da evolução do nosso planeta
Por Bruna Barone, editado por Bruno Capozzi 31/07/2025 07h22
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Tecnologia mostra com precisão toda a área terrestre e as águas costeiras do planeta (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)
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O Google apresentou seu novo modelo de inteligência artificial que integra petabytes de dados de observação da Terra para gerar uma representação unificada de dados que “revoluciona o mapeamento e o monitoramento globais”.

De acordo com a big tech, o AlphaEarth Foundations oferece aos cientistas um panorama mais completo e consistente da evolução do nosso planeta. Isso vai ajudar na tomada de decisões sobre segurança alimentar, desmatamento, expansão urbana e recursos hídricos.

A tecnologia funciona como um satélite virtual, mostrando com precisão toda a área terrestre e as águas costeiras do planeta e integrando enormes quantidades de dados em uma representação que pode facilmente ser processada por sistemas computacionais.

Exemplos de representações unificadas que ajudam a contar a história das mudanças em ecossistemas ameaçados (Imagem: Google/Divulgação)

Como funciona?

O modelo combina informações coletadas por imagens ópticas de satélite, radar, mapeamento a laser 3D, simulações climáticas, entre outras, para rastrear mudanças em quadrados nítidos de 10×10 metros ao longo do tempo.

Segundo o Google, a tecnologia exige 16 vezes menos espaço de armazenamento do que os produzidos por outros sistemas de IA testados pela empresa, reduzindo “drasticamente” o custo da análise em escala planetária.

“Este avanço permite que os cientistas façam algo que era impossível até agora: criar mapas detalhados e consistentes do nosso mundo, sob demanda. Seja monitorando a saúde das plantações, rastreando o desmatamento ou observando novas construções, agora eles têm uma nova base para dados geoespaciais”, diz o comunicado.

Conjunto de dados de incorporação de satélites no Google Earth Engine é um dos maiores do gênero (Imagem: Google/Divulgação)

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Brasil é um dos beneficiados

O novo sistema está sendo usado pela ONG MapBiomas para monitorar as mudanças agrícolas e ambientais no Brasil com o objetivo de traçar estratégias de conservação em ecossistemas críticos como a Floresta Amazônica.

“O conjunto de dados de incorporação de satélite pode transformar a maneira como nossa equipe trabalha. Agora temos novas opções para criar mapas mais precisos, exatos e rápidos de produzir, algo que nunca teríamos conseguido fazer antes”, disse Tasso Azevedo, fundador da MapBiomas.

Novo modelo de IA auxilia cientistas em estratégias de conservação ambiental (Imagem: Paralaxis/iStock)

O modelo de IA também já é usado para geração de insights na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, Harvard Forest, Group on Earth Observations, Oregon State University, Spatial Informatics Group e Stanford University.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.