(Imagem: PATRICK GLAUME / Shutterstock.com)
Uma salamandra nativa da Península Ibérica está chamando atenção por um mecanismo de defesa tão incomum quanto eficiente. A salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl), também conhecida como salamandra-dos-poços, tem uma resposta corporal extrema para escapar de predadores: ele projeta os próprios ossos através da pele, formando pontas envenenadas.
À primeira vista, o sistema de defesa desse tritão pode parecer semelhante ao de outros anfíbios, com glândulas na pele que secretam substâncias tóxicas. No entanto, o diferencial está na forma como essa toxina é aplicada. Quando se sente ameaçado, o animal achata o corpo e movimenta as costelas em um ângulo de cerca de 50 graus em relação à coluna. O resultado é que os ossos atravessam a pele de dentro para fora, criando uma série de espinhos venenosos.
Leia mais:
A impressionante capacidade de regeneração dessa salamandra despertou o interesse de cientistas, inclusive em missões espaciais. Em experimentos conduzidos por pesquisadores russos a bordo de biossatélites, foi observado que o animal apresentava aumento de 1,5 a 2 vezes na proliferação celular quando exposto à microgravidade.
Esses resultados indicam que o ambiente espacial pode amplificar a habilidade regenerativa do animal, algo que ainda está sendo investigado em contextos biomédicos. A facilidade com que o tritão se recupera de ferimentos graves, como perfurações múltiplas da própria pele, levanta novas possibilidades para o estudo de regeneração em vertebrados.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de agosto de 2025 22:32