A bateria mais potente do mundo entrou em operação

Com tamanho físico de 850 megawatts, sistema tem como função principal garantir energia elétrica durante eventos de emergência
Por Bruna Barone, editado por Ana Luiza Figueiredo 06/08/2025 23h58, atualizada em 01/09/2025 19h50
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Sistema foi construído na antiga usina elétrica a carvão de Munmorah (Imagem: Akaysha/Divulgação)
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Waratah Super Battery é o nome da bateria mais potente do mundo em termos de potência e capacidade de armazenamento de energia. O sistema é operado pela australiana Akaysha Energy, que acaba de anunciar a geração dos primeiros 350 megawatts da megaestrutura.

Até o final do ano, a bateria fornecerá uma capacidade de energia ativa contínua de pelo menos 700 megawatts, além de uma capacidade de armazenamento de energia utilizável de pelo menos 1.400 megawatts-hora. 

Isso é suficiente para fornecer eletricidade a 970.000 lares durante uma hora; carregar totalmente 45,95 milhões de smartphones em uma hora; e fornecer eletricidade a 80.000 casas durante um dia inteiro (com base no consumo de 21 kWh por dia).

Bateria vai funcionar como um “amortecedor” para a rede elétrica da região em caso de eventos extremos (Imagem: Akaysha/Divulgação)

Back-up de emergência

Com um tamanho físico de 850 megawatts/1.680 megawatts-hora, a Waratah Super Battery tem como função principal fornecer energia à rede elétrica durante eventos de emergência em Nova Gales do Sul, na Austrália.

O sistema foi construído na antiga usina elétrica a carvão de Munmorah, cerca de 100 km ao norte de Sydney. A estrutura leva apenas duas horas para carregar — e pode descarregar toda sua capacidade de energia na rede em questão de segundos.

“Isso significa que a população de Nova Gales do Sul sofrerá interrupção mínima no fornecimento de eletricidade”, diz o comunicado. “Também é um sistema de controle que inclui arranjos para serviços de geração pareada e atualizações de linhas de energia existentes.”

Estrutura pode descarregar toda sua capacidade de energia na rede em questão de segundos (Imagem: Akaysha/Divulgação)

A rede elétrica do país está sob pressão desde a implementação de um plano de fechamento de usinas de carvão, que se estenderá até 2035, incentivando redes de energia limpa. O projeto Waratah é supervisionado pela agência estadual EnergyCo.

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O que diferencia essa bateria das demais?

Na prática, a bateria vai funcionar como um “amortecedor” para a rede elétrica da região em caso de eventos como ondas de calor, raios e incêndios florestais. O sistema é composto por uma série de equipamentos que garantem a geração de energia de forma contínua.

Seu tamanho físico é de 850 megawatts/1.680 megawatts-hora (Imagem: Akaysha/Divulgação)
  • Esquema de Proteção de Integridade do Sistema (SIPS): fornece sua capacidade de energia ativa garantida e contínua;
  • Sistema de software e equipamento de sinalização que detectará contingências e falhas em toda a rede e sinalizará rapidamente aos geradores pareados para reduzir a produção e descarregar a bateria, fornecendo energia aos clientes;
  • Atualizações de linhas de transmissão existentes e atualização de uma série de subestações necessárias para aumentar a capacidade da rede e permitir a operação do sistema;
  • O superdimensionamento da bateria permite que a empresa utilize o excesso de capacidade para obter fontes de receita adicionais, reduzindo custos aos clientes.
Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.