Imagem: ilmarinfoto/Shutterstock
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland desenvolveram uma proteína projetada capaz de agir como “esponja molecular” para remover rapidamente o monóxido de carbono (CO) da corrente sanguínea, oferecendo uma alternativa mais rápida e segura ao tratamento atual com oxigênio puro.
Baseada na proteína bacteriana RcoM, que detecta CO no ambiente, a versão modificada — chamada RcoM-HBD-CCC — liga-se seletivamente ao gás tóxico sem interferir no oxigênio ou no óxido nítrico, preservando funções vitais como a regulação da pressão arterial.
Em testes com camundongos, a nova terapia eliminou metade do CO do sangue em menos de um minuto, liberando a hemoglobina para retomar o transporte de oxigênio.
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O tratamento atual — oxigênio puro, muitas vezes em câmara hiperbárica — é lento e pode deixar sequelas em quase metade dos sobreviventes. A nova abordagem, segundo os autores, poderia ser aplicada no pronto-socorro ou até por socorristas no local.
O estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), ainda está em fase inicial, mas abre caminho para testes pré-clínicos e, futuramente, humanos, com potencial de se tornar o primeiro antídoto intravenoso de resposta rápida contra o envenenamento por CO.
Esta post foi modificado pela última vez em 13 de agosto de 2025 19:29