Recurso polêmico do Grok poderá ser investigado

Carta assinada por 15 entidades denuncia que modo “Spicy” do Grok pode gerar nudez não consensual e contornar leis de proteção infantil
Leandro Costa Criscuolo15/08/2025 06h00
grok
Imagem: JRdes/Shutterstock
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Organizações de defesa do consumidor pediram à Comissão Federal de Comércio (FTC) e aos procuradores-gerais dos EUA que investiguem urgentemente a ferramenta “Imagine”, do Grok, criada pela xAI de Elon Musk. As informações são do The Verge.

Lançada no início do mês, a função inclui o modo “Spicy”, que incentiva a produção de conteúdo sexual gerado por IA. Testes mostraram que a ferramenta criou deepfakes de celebridades, como vídeos topless de Taylor Swift, mesmo sem solicitação explícita.

Página do Grok em um smartphone
Ferramenta de Elon Musk está na mira de entidades por criar conteúdo sexual de IA (Imagem: Bangla press/Shutterstock)

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Entidades apontam riscos

  • A carta é liderada pela Consumer Federation of America (CFA) e apoiada por outras 14 entidades.
  • O documento alerta que, embora o modo “Spicy” não aceite fotos reais enviadas por usuários, ele ainda pode gerar nudez hiper-realista de pessoas fictícias, mas com aparência semelhante a indivíduos reais.
  • Esses conteúdos podem ter impactos nocivos, especialmente para menores.
Celular com logotipo do Grok sobre teclado de Mac
Modo “Spicy” da ferramenta do Grok cria imagens sexuais realistas e preocupa autoridades (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Temor por “onda de deepfakes”

As entidades também temem que a remoção dessa restrição abra caminho para uma “onda de deepfakes não consensuais”, apontando o histórico de Musk de flexibilizar moderação sob a justificativa de “liberdade de expressão”.

Elas também criticam a fragilidade da verificação etária: um simples pop-up para confirmar se o usuário é maior de 18 anos, com ano de nascimento pré-selecionado como “2000”, o que pode violar a Lei de Proteção à Privacidade Online de Crianças e normas estaduais sobre conteúdo adulto.

O grupo pede apuração sobre possíveis violações da “Lei de Imagens Íntimas Não Consensuais” pela xAI.

Ao fundo, logos de xAI e X; à frente, rosto de Elon Musk em preto e branco
Entidades acusam xAI de falhas graves na moderação e pedem investigação federal sobre violações de leis de conteúdo íntimo não consensual (Imagem: JRdes/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

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