Casa Branca lança conta no TikTok em meio à tentativa de venda da rede

A Casa Branca lançou uma conta oficial no TikTok em mais um passo estratégico para espalhar mensagens do presidente Donald Trump em vídeos curtos, especialmente entre o público jovem, segundo reportagem da Reuters.

O perfil @whitehouse entrou no ar nesta terça-feira (19) com um vídeo de 27 segundos mostrando imagens de Trump com apoiadores e declarando: “Eu sou a sua voz“. “América, estamos de VOLTA! E aí, TikTok?“, dizia a legenda.

O republicano usou a conta @realdonaldtrump em sua campanha no ano passado, acumulando mais de 15 milhões de seguidores. Para Trump, a rede foi fundamental para derrotar a democrata Kamala Harris com o voto de eleitores mais jovens, diz o site.

“A mensagem do presidente Trump dominou o TikTok durante sua campanha presidencial, e estamos animados para dar continuidade a esses sucessos e nos comunicar de uma forma que nenhum outro governo fez antes”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Explorando as redes

• Além do TikTok, plataforma com mais de 170 milhões de usuários, Trump tem apostado na sua própria rede, Truth Social, onde acumula 10,6 milhões de seguidores;
• Recentemente, o aplicativo fechou uma parceria com a Perplexity para testar ferramentas de busca com inteligência artificial (IA);
• A ferramenta tem surpreendido ao apresentar respostas que, frequentemente, contradizem declarações feitas por Trump e seus aliados.

“O governo Trump está comprometido em comunicar os sucessos históricos que o presidente Trump proporcionou ao povo americano com o maior número possível de públicos e plataformas”, afirmou Leavitt.

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A polêmica do TikTok

No ano passado, uma lei assinada pelo então presidente Joe Biden exigiu que o TikTok parasse de operar em solo estadunidense por suspeita de risco à segurança nacional. Por se tratar de uma empresa controlada por um grupo chinês, congressistas estadunidenses acreditam que dados pessoais dos usuários podem ser usados por Pequim.

Em um primeiro momento, a rede seria bloqueada em 19 de janeiro deste ano, a menos que a sua controladora, ByteDance, vendesse ativos do aplicativo nos EUA. Trump, no entanto, optou por não aplicar a lei e estendeu o prazo para abril, depois, 19 de junho e, novamente, para 17 de setembro.

“Estamos trabalhando para garantir que este acordo seja fechado para que o povo estadunidense possa continuar a usar o TikTok com a garantia de que seus dados estarão seguros e protegidos”, disse Leavitt na época da última extensão.

O TikTok nega qualquer dívida com o governo chinês e defende que a lei “é uma clara violação dos direitos da Primeira Emenda dos 170 milhões de estadunidenses no TikTok” que “teria consequências devastadoras para as sete milhões de pequenas empresas que usam o TikTok para alcançar novos clientes, vender seus produtos e criar novos empregos”, segundo a CBS.