Quer um diamante para chamar de seu? Neste parque é só cavar

No Arkansas, o Parque Cratera dos Diamantes permite que visitantes escavem diamantes, ametistas e quartzos, e levem suas descobertas para casa por apenas US$ 7 a US$ 15
Por Valdir Antonelli, editado por Layse Ventura 20/08/2025 06h50
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Imagem: reprodução/Lucara Diamond
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O que você acha de escavar diamantes pelo preço de um ingresso de cinema? Existe uma mina de diamantes dentro de um parque administrado pelo governo do Arkansas, nos Estados Unidos, que você pode fazer exatamente isso, e ainda leva os diamantes que encontrar para casa.

A mina fica próxima à cidade de Murfreesboro, perto de Nashville, tem um campo de busca de 37 acres, cerca de 150 mil m², e fica sobre uma antiga chaminé vulcânica que entrou e erupção pela última vez há 100 milhões de anos.

Com preços que variam de 7 a 15 dólares, parque permite que você encontre e leve diamantes para casa. Crédito: rchat/Shutterstock

Com a erupção, diamantes formados nas profundezas do planeta foram empurrados para próximo à superfície e, agora, qualquer pessoa com paciência e uma pá pode encontrá-los.

Milhares de pessoas visitam o local anualmente

Diversas tentativas de mineração comercial já foram implementadas no local, mas a pequena concentração de diamantes, impediu que os projetos fossem lucrativos. Por isso, em 1972, o governo do Arkansas transformou a mina em um parque estadual – o Parque Estadual da Cratera dos Diamantes.

E isso torna o parque único, pois é a única mina de diamantes totalmente aberta ao público que deseja enriquecer rapidamente ou apenas guardar a experiência de buscar por diamantes na memória.

Desde o início do parque, mais de 35 mil diamantes foram encontrados. A regra é simples, se você encontrou um, ele é seu para fazer o que desejar, sem precisar pagar algo para o governo ou dividir possíveis lucros.

Basta levar ou alugar equipamentos de mineração no local e começar a caçar diamantes pelo parque. Crédito: Kimberly Boyles/Shutterstock

Como é feita a busca por diamantes?

Mas não pense que é fácil encontrar um diamante:

  • A área de busca é formada por terra arada regularmente pela equipe do parque.
  • O objetivo é trazer novo material, os diamantes, para a superfície.
  • Não há necessidade de licenças especiais para a mineração no local.
  • Nem limite de frequência de visitação.
  • Mas é proibido usar equipamentos motorizados.
  • E os buracos devem ser tapados antes de deixar o parque.

De acordo com matéria no ArsTechnica, famílias, mineradores amadores e profissionais visitam o parque diariamente. Alguns desses visitantes apenas caminham olhando para o chão, enquanto outros chegam com carrinhos e carroças com suprimentos e equipamentos para o trabalho.

Maior diamante encontrado dos Estados Unidos veio do parque

Pá marca o local onde o diamante Tio Sam foi encontrado. Crédito: Kristi Blokhin/Shutterstock

O parque oferece áreas com mesas para peneiração, caixas de comportas com bombas d’água manuais e bebedouros. Também há quatro áreas sombreadas disponíveis para os visitantes, que podem trazer suas próprias barracas.

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O maior diamante dos Estados Unidos foi encontrado no local, mas muito tempo antes dele ter se tornado um parque. O diamante Tio Sam, com 40,23 quilates, foi descoberto em 1924. Em 2021, Noreen Wredberg encontrou uma pedra de 4,38 quilates em apenas duas horas de caminhada, e em 2024, Julien Navas encontrou outro com 7,46 quilates.

Esses diamantes são formados devido à extrema pressão e calor exercidos no manto terrestre e têm formato de um pedaço de pedra metálico ou que lembra vidro. A peça brilhante que todos conhecem, só acontece depois que ocorre a lapidação. Além dos diamantes, os visitantes também encontram ametistas, ágatas e outras pedras preciosas que podem ser levadas para a casa.

Se você pensa em conhecer o Parque Estadual Cratera dos Diamantes, a entrada para o parque custa sete dólares para crianças (mais ou menos R$ 30) e 15 dólares para adultos (cerca de R$ 66). É possível acampar no interior do parque e nos meses de verão um pequeno parque aquático abre para os visitantes se refrescarem sob um calor superior a 43 °C.

Valdir Antonelli
Colaboração para o Olhar Digital

Valdir Antonelli é jornalista com especialização em marketing digital e consumo.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.