Funcionários pedem que Microsoft encerre contratos com Israel

Chamado de "No Azure for Apartheid", o protesto faz um apelo para que a empresa proíba o uso de seus produtos por militares israelenses
Alessandro Di Lorenzo20/08/2025 10h29
Logo da Microsoft na fachada do prédio da empresa
(Imagem: ShU studio/Shutterstock)
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Um protesto realizado por funcionários da Microsoft ocupou uma praça na sede da empresa em Redmond, Washington. Chamado de “No Azure for Apartheid”, o movimento pede o fim da guerra em Gaza e exige o fim da parceria da gigante tecnológica com o governo de Israel.

Segundo o portal The Verge, grupo é composto por algumas dezenas de pessoas e prometeu permanecer no local até que suas reivindicações sejam atendidas. A companhia não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

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Guerra em Gaza motivou o protesto (Imagem: Nap1/Shutterstock)

Microsoft já foi alvo de outros protestos em função do conflito

  • Este é o mais novo protesto contra a Microsoft em razão dos contratos firmados pela empresa com Israel.
  • Em abril deste ano, durante as comemorações dos 50 anos da empresa, um engenheiro de software da divisão de inteligência artificial interrompeu o discurso do CEO da Microsoft IA, Mustafa Suleyman.
  • O trabalhador fez um apelo para que a companhia proibisse o uso de produtos da empresa pelos militares israelenses.
  • Um mês depois, os funcionários acusaram a companhia de bloquear e-mails do Microsoft Outlook contendo as palavras “Palestina”, “Gaza”, “genocídio”, “apartheid” e “IOF off Azure”.

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Microsoft Azure
Militares de Israel estariam usando produtos da Microsoft (Imagem: WonderPix/Shutterstock)

Movimento tenta pressionar por fim da guerra

Segundo os representantes do movimento “No Azure for Apartheid”, o governo de Israel faz uso dos produtos da Microsoft durante a guerra em Gaza. No início deste mês, uma publicação do The Guardian afirmou que os israelenses usaram a tecnologia da empresa para ter acesso a milhões de chamadas de palestinos e usaram estas informações em operações militares.

Os funcionários afirmam que não querem ser “engrenagens na máquina genocida israelense”. Por conta disso, eles exigem o fim de qualquer contrato da companhia com Israel, bem como o fim da “discriminação da Microsoft contra trabalhadores palestinos, árabes, muçulmanos e pró-Palestina”.

Sede da Microsoft em Bucareste, Romênia
Empresa não se pronunciou oficialmente sobre o assunto (Imagem: lcva2/iStock)

O documento ainda pede que os trabalhadores “se manifestem, saiam, protestem e façam greve” caso os pedidos não sejam atendidos. E afirma que funcionários de outras empresas também podem seguir pelo mesmo caminho para ajudar a encerrar a guerra no Oriente Médio.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.