Depois de ‘roubar’ talentos de rivais, Meta suspende contratações em divisão de IA

Decisão foi tomada após a empresa contratar mais de 50 pesquisadores e engenheiros de IA de companhias rivais
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 21/08/2025 11h18, atualizada em 21/08/2025 21h20
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Nas últimas semanas, a Meta conseguiu contratar mais de 50 pesquisadores e engenheiros de empresas rivais. Agora, a companhia de Mark Zuckerberg decidiu suspender as contratações em sua divisão de inteligência artificial.

O caso é um exemplo da disputa por mão de obra especializada no setor da tecnologia. E evidencia a postura de algumas gigantes da área na tentativa de reforçar as suas equipes e não ficar para atrás na briga pela IA.

inteligencia artificial
Empresa reestruturou sua divisão de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Setor de IA da empresa será formado por quatro equipes

Segundo informações do The Wall Street Journal, a decisão de interromper as novas contratações coincide com uma reestruturação mais ampla da Meta. A empresa teria proibido que os funcionários mudem de equipe dentro da divisão de IA.

De acordo com um porta-voz da companhia, “tudo o que está acontecendo é um planejamento organizacional básico: criar uma estrutura sólida para novos esforços de superinteligência depois de trazer pessoas a bordo e realizar exercícios anuais de orçamento e planejamento.

Ao fundo, foto desfocada de Mark Zuckerberg; à frente, logo da Meta em um smartphone
Empresa de Mark Zuckerberg adotou postura agressiva na busca por novos funcionários (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

A partir de agora, o setor de inteligência artificial da empresa será formado por quatro equipes: a primeira trabalhando em superinteligência, chamada TBD Lab, a segunda atuando em produtos de IA, a terceira responsável pela infraestrutura e a quarta dedicada a projetos mais longos, chamado de Pesquisa Fundamental de IA.

Leia mais

Logo da Meta em um smartphone
Big tech ofereceu salários astronômicos para convencer funcionários de empresas rivais a “mudarem de lado” (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Meta queria reforçar suas equipes

  • Como o Olhar Digital já tinha informado, a empresa dona do Instagram, Facebook e WhatsApp teria proposto bônus de até US$ 100 milhões (quase R$ 550 milhões) para alguns engenheiros da OpenAI.
  • Dessa forma, conseguiu contratar diversos funcionários de empresas rivais, como a OpenAI, o Google e a Apple, por exemplo.
  • A estratégia tinha como objetivo reforçar as equipes da Meta dedicadas ao desenvolvimento de ferramentas de IA.
  • A big tech pretende investir cerca de US$ 65 bilhões (mais de R$ 360 bilhões) no setor apenas neste ano.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.