Teste reforça poder do país aos vizinhos China e Paquistão (Imagem: Fly Of Swallow Studio/Shutterstock)
O Ministério da Defesa da Índia considera um sucesso o teste do míssil balístico Agni-5, de capacidade nuclear. Com supervisão do Comando de Forças Estratégicas, o lançamento foi realizado no Campo de Testes Integrado em Chandipur (Índia) e validou “todos os parâmetros operacionais e técnicos”, segundo as autoridades.
O experimento faz parte de um esforço do governo indiano de modernizar seu sistema de defesa iniciado no ano passado, com uma variante do Agni-5 de codinome Missão Divyastra — o sistema faz parte da categoria Veículo de Reentrada Múltiplo e Independente (MIRV, na sigla em inglês).
Esse tipo de tecnologia é capaz de transportar e lançar diversas ogivas de um único míssil, atingindo alvos separados a centenas de quilômetros de distância. É uma capacidade adquirida por poucas nações até agora, incluindo Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
Leia mais:
Os avanços do sistema de defesa indiano indicam que o país está preparado para eventuais ameaças de seus vizinhos China e Paquistão, que ampliaram a rede antimísseis na região — exigindo, portanto, a modernização das armas. O Ministério da Defesa, no entanto, não confirmou quando a variante mais potente do Agni-5 estará totalmente operacional.
Vale ressaltar que o teste foi realizado no momento em que o primeiro-ministro, Narendra Modi, se prepara para sua primeira visita à China em anos. Recentemente, Modi se reuniu com o principal diplomata chinês, Wang Yi, e disse que a relação entre os países é de “respeito pelos interesses e a sensibilidade de cada um”, segundo a Al Jazeera.
Relatórios sugerem que os militares indianos também estariam trabalhando em uma ogiva destruidora de bunkers projetada para penetrar instalações subterrâneas reforçadas, além de uma variante de explosão aérea otimizada para desabilitar pistas e posições fortificadas, segundo a reportagem.
Esta post foi modificado pela última vez em 22 de agosto de 2025 01:52