Amuleto celta revela antigo método de metalurgia na Alemanha

Traços em amuleto em forma de guerreiro celta reafirmam registros históricos, segundo arqueólogos
Por Samuel Amaral, editado por Layse Ventura 31/08/2025 07h00
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Pequeno guerreiro de bronze guarda traços de um antigo método de metalurgia. (Imagem: Escritório Estadual da Baviera para Preservação de Monumentos / divulgação)
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Pesquisadores encontraram uma pequena estatueta de bronze de um guerreiro celta durante escavações na Alemanha. O artefato tem traços de um antigo método de metalurgia e reafirma os registros históricos sobre esses guerreiros.

Datada do século III a.C., a peça foi descoberta na cidade de Manching, na Baviera, por pesquisadores do Escritório Estadual da Baviera para Preservação de Monumentos (BLfD na sigla em inglês). O povo celta dominou essa região por mais de 700 anos, tendo se estabelecido do século VII até I a.C., quando os romanos conquistaram o local, segundo a National Geographic.

Amuleto tem um anel no topo, que serviria para pendurá-lo em uma corrente. (Imagem: Escritório Estadual da Baviera para Preservação de Monumentos / divulgação)

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O pequeno guerreiro mede 7,5 centímetros, pesa 55 gramas e conta com um anel em seu topo. A equipe o descreveu como um combatente em pose dinâmica com um escudo celta típico e uma espada curta.

“Os celtas eram lutadores famosos naquela época. E as descrições agora são confirmadas por esta pequena estátua de bronze. O equipamento era como o conhecemos pelos registros”, disse Mathias Pfeil, curador-geral do BLfD, em um comunicado.

Artefato celta tem traços de método antigo de fundição

Análises de sua composição mostraram que ele foi produzido pelo processo de fundição por cera perdida. Esse método envolve a criação de um modelo em cera do objeto produzido, que depois é revestido em argila para formar um molde. A cera então é derretida e abre espaço para que o bronze preencha o vazio e forme a versão final do artefato.

As expedições coordenadas pelo BLfD ocorreram de 2021 a 2024. Segundo a instituição, Manching é um dos maiores assentamentos antigos nos Alpes, mas menos de 15% dele foi estudado por arqueólogos.

Até agora, os pesquisadores recuperaram mais de 40 mil artefatos da região. Esse material está em posse do Estado alemão e será incorporado a uma coleção pública para mais análises cientificas no futuro.

Samuel Amaral
Redator(a)

Samuel Amaral é jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e estagiário de Ciência e Espaço no Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.