CEO da Rivian revela o que torna carros elétricos chineses tão dominantes

Com integração digital, velocidade de inovação e acabamento de luxo, veículos elétricos da China lideram o setor
Leandro Costa Criscuolo01/09/2025 15h53
Bandeira da China sobrepondo um carro elétrico sendo carregado
(Imagem: RaffMaster / Shutterstock.com)
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A indústria chinesa de carros elétricos avança com força global, mas a ideia de modelos ultrabaratos, como o BYD de US$ 10 mil, chegarem aos EUA é ilusória.

O motivo principal são tarifas superiores a 100%, que funcionam como uma proibição, além de exigências de segurança mais rígidas e custos adicionais de adaptação.

Na prática, esses veículos jamais seriam vendidos tão baratos no mercado americano ou europeu — onde o BYD Seagull, por exemplo, já custa cerca de € 23 mil.

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Executivos como os da Rivian e Ford alertam: a ameaça chinesa não é preço, mas tecnologia mais avançada que a ocidental (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Rivian elogia tecnologia chinesa

  • Para o CEO da Rivian, RJ Scaringe, a questão não é preço, mas tecnologia.
  • “O que é alarmante é que os carros são realmente melhores”, afirmou, em entrevista ao InsideEVs.
  • Ele destaca que fabricantes chineses oferecem veículos com software avançado, integração com eletrônicos de consumo, atualizações frequentes e capacidade de lançar novos modelos em meses.
  • Exemplos como o sedã Xiaomi SU7 mostram que esses carros podem rivalizar até com marcas de luxo, como Porsche.

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Executivos de marcas concorrentes admitem que os carros chineses são realmente melhores (Imagem: Ralf Hahn/Shutterstock)

Líderes do setor partilham da opinião

Outros executivos compartilham da mesma visão. Jim Farley, da Ford, declarou que a indústria chinesa é “a coisa mais humilhante” que já presenciou, elogiando a superioridade tecnológica dos concorrentes.

Por isso, fabricantes americanos trabalham em novas plataformas e métodos de produção para enfrentar a ameaça.

Segundo Scaringe, mesmo que barreiras caiam, os carros chineses não seriam tão baratos nos EUA, já que vantagens como mão de obra barata e subsídios desaparecem se a produção migrar para solo americano.

O desafio, portanto, não é custo, mas competir em inovação. “Se vencerem, será pela tecnologia”, conclui.

Carro chinês
Carros elétricos chineses assustam montadoras dos EUA (Imagem: SkazovD/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.