Robotáxis, ônibus autônomos… como esses veículos serão supervisionados?

Nova pesquisa mostra que monitorar cinco carros garante eficiência e segurança sem sobrecarregar operadores
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 02/09/2025 06h50
carro autonomo
Imagem: AlinStock/Shutterstock
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Pesquisadores da Universidade de Coventry concluíram que uma pessoa pode monitorar com segurança até cinco veículos autônomos ao mesmo tempo, sem comprometer a atenção ou o tempo de resposta.

O estudo, publicado na revista Computers in Human Behavior, simulou uma central de controle em que operadores experientes observaram entre três e nove veículos autônomos virtuais, avaliando quando seria necessário acionar um motorista reserva.

Carros autônomos
Cinco carros é o ideal: simulações revelam que abaixo desse limite há excesso de vigilância, e acima, queda de desempenho (Imagem: temp-64GTX/Shutterstock)

Leia mais:

Pesquisa revela ponto ideal para cada operador

  • Os resultados mostraram que cinco veículos é o ponto de equilíbrio: nesse número, os operadores reagiram em cerca de 13 segundos — tempo considerado adequado para analisar a situação antes de agir.
  • Com menos veículos (três), houve intervenções excessivas, possivelmente por excesso de vigilância.
  • Já com nove, o desempenho caiu de forma significativa, indicando sobrecarga.
Veículo autônomo
Pesquisadores confirmaram que operadores podem ficar sobrecarregados ao precisar supervisionar em torno de 9 veículos autônomos (Imagem: shutterstock/Gorodenkoff)

Supervisão adequada pode impulsionar transportes autônomos

A pesquisa destaca que a supervisão remota pode ser decisiva para a adoção de serviços como ônibus autônomos, robotáxis e veículos de entrega, permitindo maior eficiência e redução de custos.

Porém, a forma como os alertas são transmitidos ao operador também importa: excesso de mensagens visuais se mostrou distrativo, enquanto sinais alternativos, como alertas sonoros, podem melhorar o foco.

Segundo o professor Stewart Birrell, diretor do Centro de Pesquisa para Transporte e Cidades do Futuro, os resultados “oferecem um passo essencial para que veículos conectados e automatizados funcionem de forma segura em ambientes urbanos, sem sobrecarregar os supervisores humanos”.

Ilustração de carro rodeado por áreas de varredura de sensores de piloto automático
Supervisão remota bem executada pode refletir em serviços de transporte autônomos mais eficazes (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.