(Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)
Nos últimos dias, o governo dos Estados Unidos anunciou a compra de 10% das ações da Intel. O acordo acontece em um momento delicado financeiramente para a tradicional fabricante de chips norte-americana e após o presidente Donald Trump pedir a renúncia do CEO da empresa.
De acordo com o portal TechCrunch, a iniciativa faz parte da estratégia da Casa Branca de fortalecer a indústria doméstica, bem como se posicionar como líder global na produção de chips semicondutores. Em outras palavras, assumir o controle de parte de uma gigante do setor é uma resposta ao crescimento da China.
Leia mais
Embora não preveja que o governo dos Estados Unidos tenha assento no conselho da Intel, o acordo dilui acionistas existentes e reduz seus direitos de voto. Isso significa que Trump terá um certo poder, pelo menos de influência, nas decisões futuras da fabricante de chips.
A medida deve melhorar a liquidez da empresa, mas não altera sua classificação de crédito nem a demanda por seus produtos. Em julho, a companhia divulgou resultados financeiros acima do esperado, mas suas ações caíram 8% diante de preocupações com a divisão de fundição.
A operação se soma a outras intervenções do governo Trump no setor de chips. Recentemente, o presidente se aproximou da Nvidia e até concedeu uma autorização para que a empresa volte a exportar produtos para a China.
Críticos afirmam que o negócio com a Intel cria um precedente preocupante, pois sugere que a Casa Branca pode pressionar empresas saudáveis em troca de participação acionária. Há também quem enxergue sinais de risco de “capitalismo de Estado”, alertando para conflitos crescentes entre interesses públicos e privados.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de setembro de 2025 10:50