Dor nas costas é um pesadelo mundial – veja dicas para se livrar dela

Problema simples pode se agravar e virar uma doença complexa; separamos dicas de um especialista no assunto da Universidade de Bristol
Por Bob Furuya, editado por Layse Ventura 05/09/2025 05h30
Idosa com problema nas costas
Imagem: GBALLGIGGSPHOTO / Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Você que está lendo esse texto agora provavelmente já sentiu algum tipo de dor nas costas. Se não sentiu ainda, são grandes as chances de sentir um dia.

Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2001, estima que esse problema atinge aproximadamente 80% da população mundial. Em números reais, isso significa que cerca de 6 bilhões e meio de pessoas já tiveram, têm ou ainda terão um incômodo nessa região.

Em artigo no site The Conversation, o professor Dan Baumgardt, da Escola de Psicologia e Neurociência da Universidade de Bristol, no Reino Unido, explica que a nossa pode ser dividida em cinco segmentos: cervical (no pescoço), torácico (no mesmo nível do tórax), lombar (no nível do abdômen), sacral (conectando-se com a pelve) e o cóccix na parte debaixo.

Leia mais

As dores que você sente podem ter sua causa em qualquer uma dessas partes. E, quase sempre, possuem como origem a má postura. O mais grave é quando não buscamos resolver a situação e um simples incômodo pode se tornar algo bem pior.

Mulher loira de costas com uma mão no pescoço
Segundo especialistas, das dores “comuns”, a das costas só perde para a famosa dor de cabeça como a mais frequente – Imagem: Karolina Grabowska/Pexels

Alguns problemas de coluna

“Sua coluna vertebral é uma verdadeira maravilha arquitetônica. Está longe de ser uma coluna reta e rígida – e é capaz de suportar mais do que você jamais imaginaria. Mas essa estrutura única pode causar problemas, especialmente quando curvas naturais se transformam em deformidades”, disse Dan Baumgardt.

  • Uma dessas condições recebe o nome de “corcunda de viúva”.
  • Trata-se de uma hipercifose, ou seja, uma curvatura da coluna que deixa a pessoa com a aparência curvada.
  • Outro problema bastante conhecido é a escoliose, quando as vértebras se curvam para os lados, giram uma em relação à outra ou colapsam.
  • Isso produz uma variedade de deformidades, variando em tamanho e gravidade.
  • Existem ainda casos de lordose, a espondilolistese e até mesmo o desconforto leve e comum na lombar (após uma noite mal dormida).
  • De acordo com o especialista, o importante é sempre procurar um profissional da saúde no caso de persistência dessas dores.
  • O tratamento dessas condições – e da dor que elas causam – dependerá em grande parte do tamanho da deformidade e da sua causa original.
  • No caso da escoliose, por exemplo, aparelhos para corrigir a coluna à medida que ela cresce podem funcionar para tratar pequenos defeitos em pacientes mais jovens.
  • Em outros casos, porém, a cirurgia corretiva pode se fazer necessária para eventuais ajustes.
Mulher com dor nas costas sentada em cadeira de escritório
Pode parecer bobo, mas, sem o cuidado adequado, uma simples dor nas costas pode evoluir para condições mais graves de saúde – Imagem: kevin120415/Pixabay

Dicas do especialista

Além de procurar o médico nos casos mais graves, o professor Baumgardt deu algumas dicas preciosas sobre como evitar as dores do dia a dia. E quase todas elas têm a ver com medidas simples.

A primeira e mais importante é manter a postura, sentar-se com o bumbum encostado na parte de trás da cadeira e tentar manter os ombros sempre abertos. Aliás, o ideal é que você tenha uma rotina de exercícios físicos e que neles haja o fortalecimento de ombros e lombar.

No mais, é importante controlar condições associadas, como a osteoporose, com dieta, medicamentos e treinamento de resistência.

“O velho ditado ‘fortaleça suas costas, fortaleça sua vida’ é um lema que todos nós devemos lembrar regularmente e buscar aconselhamento médico caso surjam dores nas costas”, concluiu o especialista.

Imunidade forte bloqueando vírus. Médico segurando ilustração de escudo em fundo laranja, close-up.
Se a dor não for embora (ou for muito forte), a orientação é buscar ajuda profissional o mais rápido possível – Imagem: New Africa/Shutterstock
Bob Furuya
Colaboração para o Olhar Digital

Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.