OpenAI: dona do ChatGPT prepara seu próprio chip de IA

A ideia da OpenAI é fabricar o produto a partir de uma parceria com a Broadcom, gigante dos EUA que atua no setor de semicondutores
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 05/09/2025 10h53
Aplicativo do ChatGPT sendo aberto em um celular e no fundo o logo da Open AI, empresa que desenvolveu a ferramenta
(Imagem: Fabio Principe/Shutterstock)
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A OpenAI, dona do ChatGPT, estuda há alguns meses a possibilidade de desenvolver um chip de inteligência artificial próprio. O objetivo da medida é reduzir os custos relacionados a compra destes dispositivos de outras empresas, principalmente da Nvida.

Segundo informações do portal Financial Times, o plano da startup parece estar mais perto de se tornar realidade. A ideia é fabricar o produto a partir de uma parceria com a Broadcom, gigante dos Estados Unidos que atua no setor de semicondutores.

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Chip próprio pode aumentar o poder de computação para treinar e operar modelos de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Fabricação do chip começaria em 2026

  • De acordo com a reportagem, a OpenAI planeja usar o dispositivo internamente.
  • Isso significa que ele não seria disponibilizado para clientes.
  • O primeiro chip de IA da startup promete aumentar o poder de computação para treinar e operar modelos de inteligência artificial.
  • Isso pode favorecer novos aperfeiçoamentos de chatbots como o ChatGPT, além de lançamentos de novas tecnologias.
  • A expectativa é que a produção dos dispositivos tenha início a partir do ano que vem.
  • A OpenAI e a Broadcom não se pronunciaram oficialmente sobre o suposto acordo.

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OpenAI quer criar seu primeiro chip de IA (Imagem: dee karen/Shutterstock)

Projeto custaria US$ 10 bilhões

Hoje, a OpenAI usa chips de IA fabricados principalmente pela Nvidia. Recentemente, a dona do ChatGPT chegou a avaliar possíveis parcerias para desenvolver produtos próprios, o que reduziria substancialmente os custos de produção.

Nesta quinta-feira (4), o CEO da Broadcom, Hock Tan, disse que espera um crescimento da receita de inteligência artificial após garantir mais de US$ 10 bilhões em pedidos de infraestrutura de IA de novos clientes. Ele não especificou de quem se trata, apenas dizendo que estava “profundamente engajado” com a empresa para criar chips personalizados.

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Medida também tem como objetivo diminuir a dependência de empresas como a Nvidia (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A provável mudança da dona do ChatGPT reflete uma abordagem cada vez mais comum no setor. Gigantes como Google e Amazon já projetam chips personalizados para cortar custos, reforçar a oferta e reduzir sua dependência de empresas como a Nvidia. 

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.