Veja fotos incríveis do eclipse lunar feitas por astronautas no espaço

O eclipse lunar total do último domingo (7) foi fotografado de diversas partes da Terra – e fora dela também
Flavia Correia09/09/2025 20h01, atualizada em 09/09/2025 20h04
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Imagem espetacular do eclipse lunar total de 7 de setembro de 2025 registrada a bordo da Estação Espacial Internacional. Crédito: Jonny Kim/NASA/Reprodução X
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Conforme noticiado (e transmitido ao vivo) pelo Olhar Digital, no último domingo (7) aconteceu um eclipse lunar total. O evento foi fotografado por pessoas de diversas partes da Terra – e fora dela também. 

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) puderam registrar imagens incríveis do fenômeno (e sem que nenhuma nuvem pudesse atrapalhar a observação do espetáculo).

A “Lua de Sangue” fotografada de Atenas, na Grécia, um dos lugares da Terra onde o eclipse lunar total de 7 de setembro de 2025 pôde ser observado por inteiro. Crédito: Anthony Ayiomamitis via Spaceweather.com

Sobre o eclipse lunar total:

  • Eclipses lunares só acontecem quando a Lua está na fase de cheia, passando parcial ou completamente pela sombra da Terra;
  • Um eclipse lunar ocorre quando a sombra do planeta “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
  • Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, projetando sua sombra sobre o nosso satélite natural;
  • Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada);
  • O evento mais recente teve 3 horas, 29 minutos e 24 segundos de duração;
  • Foi o segundo e mais longo eclipse lunar do ano;
  • A Lua ficou totalmente coberta por pouco mais de 1h e 20 minutos;
  • Quando isso acontece, ela é chamada “Lua de Sangue”;
  • A maior parte da Ásia, a faixa oriental da África e o oeste da Austrália puderam acompanhar o eclipse do início ao fim;
  • No restante do continente africano, em boa parte da Europa e em outras áreas da Austrália pôde ser observado ao menos um trecho da parcialidade ou da totalidade.

Observação do eclipse lunar foi desafiadora para os astronautas

Embora a visibilidade não tenha sido comprometida por nenhuma condição meteorológica adversa, os astronautas enfrentaram outros problemas, como Zena Cardman, da NASA, explicou em uma publicação no X.

“É um desafio observar a Lua aqui em cima – não temos janelas voltadas para cima, então só podemos vê-la por alguns minutos entre o nascer e o pôr do sol antes que ela desapareça acima da ISS ou abaixo do horizonte”, escreveu a astronauta, acrescentando que  lidar com a luz de baixo ângulo refletida através do vidro da cúpula de vários painéis foi uma complicação a mais.

Mesmo assim, ela conseguiu capturar o eclipse, assim como seus colegas Jonny Kim, também da NASA, e Kimiya Yui, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA). Os três compartilharam seus registros na internet na segunda-feira (8).

“Tivemos apenas pequenas janelas de tempo para vislumbrar a Lua antes que ela fosse obstruída por partes da estação”, relatou Kim.

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Evento foi comemorado com jantar especial

Kimiya revelou que, depois de assistirem ao eclipse a partir do módulo russo do laboratório orbital, os astronautas iriam se deliciar com comida japonesa. 

Recentemente, a tripulação da ISS preparou um “sushi espacial” com ingredientes comuns do estoque de suprimentos, como arroz, carne suína enlatada, peixe, biscoitos e condimentos. Uma versão reuniu camarão com biscoitos de trigo, mantidos pelo peso do molho. Outra levava algas, arroz, atum e presunto cru, que ficaram presos graças à umidade e à tensão superficial, segundo a NASA. Para evitar que flutuassem, os pratos foram fixados à mesa com velcro. 

Um menu japonês improvisado para alegria dos astronautas da Estação Espacial Internacional. Crédito: NASA

A culinária japonesa foi introduzida no laboratório orbital  pelo astronauta Soichi Noguchi em 2010, e desde então tem sido uma das refeições favoritas em todas as expedições – por isso, nada melhor para apreciar em uma noite tão especial quanto a da “Lua de Sangue”.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.