iPhone Air: ultrafino da Apple divide opiniões por bateria, câmera e preço

Novo iPhone Air é o mais fino da Apple e traz chip A19 Pro, mas chega com apenas uma câmera e dúvidas sobre a autonomia de bateria
Ana Luiza Figueiredo10/09/2025 18h12
Montagem mostrando espessura do iPhone 17 Air da Apple
(Imagem: Reprodução/Apple)
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A Apple apresentou nesta terça-feira (9) sua maior mudança na linha de smartphones em oito anos: o iPhone Air, novo modelo ultrafino que aposta em leveza e design para conquistar consumidores. Com apenas 5,6 mm de espessura, o aparelho é ainda mais fino que o Galaxy S25 Edge, da Samsung, e traz um visual distinto em relação aos outros lançamentos do ano.

O evento em Cupertino foi aberto pelo CEO Tim Cook, que citou Steve Jobs para reforçar a filosofia da empresa de que “design não é apenas como algo parece ou se sente, mas também como funciona”. A novidade, porém, chegou dividindo opiniões entre analistas e especialistas, que enxergam avanços no estilo, mas apontam limitações em recursos essenciais.

Modelos de várias cores do iPhone 17 Air da Apple
Superfino da Apple tem design admirável, mas apresenta limitações (Imagem: Reprodução/Apple)

iPhone Air tem design e desempenho de destaque

O iPhone Air traz um corpo em titânio, vidro com ceramic shield para maior durabilidade e o novo chip A19 Pro, projetado para lidar com tarefas de inteligência artificial. A Apple garante “bateria para o dia todo”, apesar do espaço interno reduzido, onde os circuitos foram compactados ao tamanho de selos postais.

O entusiasmo inicial do público foi grande. O influenciador Gaurav Chaudhary, com quase 24 milhões de seguidores no YouTube, relatou que ouviu “fortes aplausos” no momento do anúncio e destacou a leveza e resistência do aparelho. “Apesar dos vazamentos antes do lançamento, fiquei impressionado”, afirmou à Reuters.

Analistas enxergam contradições no superfino da Apple

Segundo a Reuters, analistas do Morgan Stanley se disseram mais impressionados com o Air do que esperavam e acreditam que ele pode estimular trocas de iPhone nos próximos 12 meses. No entanto, destacaram que o modelo, baseado em eSIM, deve enfrentar dificuldades no mercado chinês.

Outros especialistas foram mais críticos. Para Thomas Hayes, da Great Hill Capital, “a Apple não está realmente inovando e continua atrás no campo da inteligência artificial”. A falta de novidades em IA foi considerada um ponto fraco do evento, especialmente em comparação com concorrentes como o Google.

O ponto fraco: bateria

A maior polêmica envolve a autonomia de bateria. Pesquisas apontam que consumidores desejam aparelhos com mais tempo longe da tomada, mas o Air é justamente o modelo com menor duração entre os novos iPhones. Embora a Apple assegure até 27 horas de reprodução de vídeo, há dúvidas se o desempenho será suficiente para uso intenso.

magsafe iphone air
Autonomia de bateria deve ser preocupação de usuários que optarem pelo iPhone Air (Imagem: Apple / Divulgação)

O contraste fica mais evidente diante de smartphones chineses que já utilizam tecnologias de bateria de silício-carbono, capazes de durar até dois dias ou mais com uma única carga.

Preço elevado e menos câmeras

Outro ponto que divide opiniões é o custo. O iPhone Air chega por R$ 10.499, valor acima ao preço inicial do iPhone 16 Plus que substitui, mas abaixo dos modelos Pro. Para estender a autonomia, a Apple ainda sugere o uso de um acessório MagSafe de R$ 1.199,00, o que deixa o preço final superior ao iPhone 17 Pro.

Além disso, o Air vem com apenas uma câmera traseira, enquanto o iPhone 17 conta com duas e os Pro trazem três. Essa redução de recursos pode pesar na decisão de usuários que valorizam fotografia.

Montando explicando câmera do iPhone 17 Air
(Imagem: Reprodução/Apple)

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Repercussão no mercado

Apesar da empolgação com o novo design, as ações da Apple caíram mais de 3% na quarta-feira (10), refletindo a preocupação dos investidores com os impactos das tarifas impostas pelo governo Trump e a ausência de aumentos de preço que pudessem compensar os custos.

Mesmo assim, analistas como Paolo Pescatore, da PP Foresight, veem no modelo um movimento para “revigorar o segmento de iPhones” e diferenciar a marca em um mercado considerado saturado.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.

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