Representação artística da Lua se aproximando das Plêiades. Créditos: Giuseppe Donatiello / CCO (Domínio Público). Montagem: Olhar Digital
A uma distância de 444 anos-luz da Terra, há um aglomerado estelar aberto chamado Plêiades, também conhecido como Messier 45 (M45) ou “As sete irmãs”. Nesta sexta-feira (12), elas poderão ser vistas bem próximas da Lua.
Sobre o aglomerado estelar das Plêiades:
Não, você não leu errado: seis estrelas em destaque. Mas, então, por que são chamadas de “As Sete Irmãs”? Você vai saber mais adiante onde está a sétima estrela principal.
De acordo com o guia de observação astronômica In-The-Sky.org, a aproximação máxima da Lua com as Plêiades será às 19h10 (pelo horário de Brasília), quando elas estarão a apenas 58,4 minutos de arco de distância.
“Minutos de arco” é uma unidade de medida usada em astronomia para indicar ângulos muito pequenos no céu. Se um arco completo tem 360º, 60 minutos de arco equivalem a um grau. Logo, a distância entre a Lua e as Plêiades durante o encontro será um pouco menor que isso.
No entanto, nesse momento, elas estarão abaixo da linha do horizonte, portanto, não poderão ser observadas. Ainda assim, ao longo de toda a madrugada anterior, entre 0h09 e 5h25, já será possível vê-las bem próximas no céu, sentido norte.
A Lua estará a dois dias da fase minguante, 61% iluminada, em magnitude de -12.3, e a magnitude de M45 será de 1.3, ambas na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é esse valor (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
O par não estará perto o suficiente para caber no campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de um par de binóculos.
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Se o aglomerado é visto como um padrão de seis estrelas, por que então ele é chamado de “As Sete Irmãs”?
De acordo com o guia de astronomia Starwalk Space, a razão é que a aparência do céu era diferente nos tempos antigos, quando o nome foi criado. Naquela época, observadores conseguiam ver instantaneamente e a olho nu as sete estrelas principais.
Com o tempo, uma delas desapareceu da vista. A mudança foi causada por Pleione, uma estrela de brilho variável, que mudou de posição no céu com o passar dos séculos. Ela acabou chegando perto demais de Atlas, e ambas são vistas a olho nu como uma só estrela.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de setembro de 2025 21:43