5 fatos chocantes sobre “A Mulher da Casa Abandonada”

Confira informações surpreendentes do novo documentário do Prime vídeo sobre essa história cruel e real
Por Simone Cordeiro, editado por Layse Ventura 11/09/2025 07h20
Faixa amarela de “não ultrapasse” marca uma cena de investigação, com rostos, mãos trocando objetos e celulares filmando, sugerindo mistério e tensão. Ao fundo, uma casa com telhado vermelho e sombras completam o clima de suspense.
O documentário traz questões sobre escravidão moderna e saúde mental/Imagem Divulgação Prime Video
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De um postcast viral do jornalista Chico Felitti em 2022, ao documentário laçando pelo Prime Video agora em agosto de 2025, “A mulher da casa abandonada” revela uma história real, triste e perturbadora. Quem diria que de um fato curioso, uma casa abandonada em meio aos prédios do bairro Higienópolis, surgiria a descoberta mais macabra de uma realidade não muito distante.

Isso porque a misteriosa “mulher da casa abandonada” é, na verdade, Margarida Bonetti, acusada de manter uma empregada doméstica em condições análogas à escravidão enquanto vivia nos Estados Unidos. Dito isso, e com base nas informações sobre o caso, registradas no documentário, reunimos 5 fatos de “cair o queixo” sobre essa história que vão te surpreender. Confira a seguir!

Documentário: 5 fatos sobre “A Mulher da Casa Abandonada”

1- Escravidão moderna: o crime que atravessou fronteiras

Homem sentando em uma cadeira dando depoimento para o documentário
O documentário A mulher da casa abandonada foi baseado no podcast do jornalista Chico Felitti/Imagem Divulgação Prime Video

O documentário “A mulher da casa abandona” conta detalhes do caso de Margarida Bonetti, que escancarou uma realidade chocante: a existência de condições análogas à escravidão em pleno século XXI.

Isso porque, enquanto vivia nos Estados Unidos, Margarida foi acusada de manter sua empregada doméstica, Hilda Rosa dos Santos, em regime de exploração. Para se ter uma ideia do horror, ela não ganhava um salário, era privada de sua liberdade e sequer tinha acesso a cuidados básicos por mais de duas décadas.

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2- A criação do disfarce: esconder-se em plena luz do dia

Mulher descendo escadas de casa antiga
Margarida Bonetti é acusada de manter uma trabalhadora doméstica em condições análogas à escravidão/Imagem de Reprodução trailer Prime Video

Após retornar ao Brasil, Margarida Bonetti adotou uma estratégia incomum: viver reclusa em uma mansão deteriorada no bairro nobre de Higienópolis, em São Paulo. Com o rosto coberto por pomadas e bandagens, ela circulava pelas redondezas despertando curiosidade e especulações entre os moradores.

Esse comportamento excêntrico acabou se tornando parte do mistério que envolvia a “mulher da casa abandonada”. No entanto, o que poucos sabiam é que esse disfarce não era apenas físico, era também uma tentativa de apagar o passado e evitar o reconhecimento público, mesmo estando em uma das regiões mais conhecidas da cidade.

Uma curiosidade que chama atenção no documentário é o contraste entre aparência e realidade: embora viva cercada por sujeira, entulho e paredes deterioradas, Margarida Bonetti não é uma pessoa sem recursos financeiros. Pelo contrário, há indícios de que ela possui patrimônio suficiente para manter uma vida mais confortável.

3- Maus-tratos contra a empregada: uma rotina de violência silenciosa

Mulher negra de cabelos curtos sorrindo em foto, ela usa óculos e brincos
Hilda Rosa dos Santos foi mantida em condições análogas à escravidão/Imagem divulgação Prime Video

Que o caso do serviço análogo a escravidão ligada a mulher da casa abandona tinha seu ponto de crueldade, não é nenhuma novidade, mas no documentário há evidências chocantes sobre a história real.

Isso porque, além da privação de liberdade, a empregada doméstica relatou uma rotina marcada por maus-tratos físicos e psicológicos. Segundo os registros do processo nos Estados Unidos, ela era impedida de sair de casa, não recebia salário e vivia em condições insalubres, tudo isso sob ameaças constantes.

O documentário revela que, Hilda Rosa dos Santos chegou até mesmo conviver por muito tempo com fortes dores, um tumor na barriga, e uma ferida na perna com sangue, que nunca sarava. Em um ato de desespero, vizinhos do casal Bonetti, conseguiram resgatar Hilda e socorrê-la, mudando para sempre o que poderia ter um final bem mais triste.

4- Vida reclusa em uma mansão: o esconderijo no coração de São Paulo

Mansão antiga abandona no bairro Higienópolis vista do alto
Mansão no bairro Higienópolis que pertenceu a família de Margarida Bonetti/Imagem divulgação Prime Video

A casa onde Margarida vive hoje é uma mansão antiga, tomada pelo abandono e pelo silêncio. Apesar de estar localizada em uma área nobre, o imóvel contrasta com os prédios modernos ao redor, chamando atenção pela aparência decadente e pelo mistério que a envolve.

O documentário mostra que Margarida vive isolada, sem contato com vizinhos ou familiares, e evita qualquer exposição pública. Dessa forma, a mansão virou símbolo de uma história mal resolvida, onde o luxo do passado se mistura com os fantasmas de um crime que ainda ecoa.

5- Repercussão nacional após o lançamento do podcast

Desenho de uma casa com arte em janelas vermelhas e o restando em contorno preto.
O podcast da mulher da casa abandonada repercutiu em 2022/Imagem de divulgação Spotify

Foi o podcast “A mulher da casa abandonada”, lançado por Chico Felitti em 2022, que trouxe o caso à tona e despertou o interesse nacional. Com uma narrativa envolvente e investigação minuciosa, o jornalista revelou detalhes chocantes sobre a vida de Margarida e os crimes que ela teria cometido.

A repercussão foi imediata: o podcast viralizou, gerando debates sobre escravidão moderna, impunidade e saúde mental. E agora, em 2025, com o lançamento do documentário no Prime Video, o interesse pelo caso foi reaceso, ampliando ainda mais sua visibilidade e provocando reflexões profundas sobre justiça e memória.

Simone Cordeiro
Colaboração para o Olhar Digital

Simone Cordeiro é jornalista formada pela Universidade Nove de Julho. Em 8 anos de experiência, passou por agências de marketing, empresas de tecnologia e indústria. Hoje, é redatora no Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.